terça-feira, 2 de junho de 2015

Grupo de mulheres realiza ato em Teresina em repúdio à violência


Grupo de mulheres realiza ato em Teresina em repúdio à violência

De acordo com a delegada Vilma Alves, crime em Castelo do Piauí e ameaças contra a prefeita de Pedro II, mostram a situação de vulnerabilidade no Estado


Um grupo de aproximadamente 100 mulheres realizou um ato de repúdio aos crimes contra mulheres no Piauí. A manifestação ocorreu no final da tarde desta sexta-feira (02/06), na avenida Frei Serafim, no Centro de Teresina. Para os organizadores, o objetivo foi de chamar a atenção para a grande incidência de casos que vem sendo acarretado sobre as mulheres.


Grupo realizou ato em frente ao supermercado Hiper Bompreço, na avenida Frei Serafim, em Teresina (Foto: Manoel José/O Olho)

Desde a última semana dois casos chamaram atenção dos movimentos feministas e de mulheres. Um deles que ganhou repercussão nacional, foi a barbárie realizada no município de Castelo do Piauí, onde quatro menores foram abusadas sexualmente, espancadas e jogadas do alto de um penhasco de quase 15 metros. Cinco homens, sendo quatro deles menores de idade, são acusados e já estão presos.

Ianara Evangelista, vestindo camisa roxa (Foto: Manoel José/O Olho)

Outro caso que chamado atenção dos movimento são as ameaças sofridas pela prefeita de Pedro II, Neuma Café (PT). O prefeita passou a sofrer várias ameaças após uma blitzen da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreender diversas motocicletas que estavam em situação irregular. Populares passaram a ameaçar a prefeita em seu perfil no Facebook, outros depredaram a frente de sua residência em ato de repúdio à medida administrativa.
"Isso é um ato contra toda a violência que as mulheres do Piauí estão sofrendo, principalmente os casos de Castelo do Piauí e Pedro II. Mas o movimento vem caracterizar a violência que se vem praticando. Nós repudiamos tudo isso", diz Ianara Evangelista, participante da Legião de Vanguardas da Juventude de Teresina.
Também presente no ato, a delegada da Mulher, Vilma Alves, disse que o movimento tem a perspectiva de adentrar para os municípios do interior do Estado. Para ela, o principal problema está relacionada ao machismo que é algo imposto pela cultura piauiense.

Grupo reuniu cerca de 100 mulheres (Foto: Manoel José/O Olho)

"O machismo é uma cultura que dificilmente será retirada. No momento em que se faz uma manifestação como essa, demonstra-se a capacidade intelectual das mulheres em não aceitar a ficarem emudecida. As mulheres não tem mais medo", destaca.
ESTUPRO COLETIVO EM CASTELO DO PIAUÍ
Sobre o estupro coletivo ocorrido em Castelo do Piauí, a delegada informou que a recuperação das vítimas será demorada. Segundo ela, os traumas psicológicos serão os mais evidentes. "É um crime bárbaro, imensurável. Essas moças não irão esquecer nunca. O pior é que a sociedade assiste sentada em uma poltrona a uma tragédia dessa", lamenta.

Delegada Vilma Alves (Foto: Manoel José/O Olho)

Em relação a punição para os acusados, Vilma Alves ressalta mais uma vez a necessidade de uma punição severa. A ideia defendida por ela é a de que estupradores sejam punidos com a castração. "Não adianta só ficar preso. Tem que ser castrado. Amanhã ou depois eles saem e vão cometer o mesmo crime. Se estiverem castrados eles não terão mais o instrumento, vai sentir a dor que ele provocou, e mesmo que tenha a intenção não terá mais como realizar o crime", finaliza.

fonte portal o olho