sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Moradores da zona Sudeste chegam a passar quatro dias sem água


Moradores da zona Sudeste chegam a passar quatro dias sem água

População relata que a situação piorou desde o início do B-R-O-Bró e, para enfrentar o desabastecimento, o líquido é armazenado em baldes.

As regiões mais altas de Teresina e aquelas que foram ocupadas sem planejamento urbano são as que mais sofrem com a constante falta de água. Os moradores de diversos bairros da cidade precisam se desdobrar para conseguir um pouco do líquido para fazer atividades simples, como cozinhar, lavar louça ou, até mesmo, banhar.

A costureira Naída Machado Pinto reside há 12 anos no bairro Redonda, zona Sudeste de Teresina, e conta que a região tem sofrido com constantes problemas no abastecimento. Segundo ela, há cerca de três meses, quando teve início o período do B-R -O-Bró, a situação ficou ainda mais crítica. “Nunca mais a água normalizou e, à tarde, ela falta todos os dias. As minhas louças nunca mais dormiram lavadas”, enfatiza.

De acordo com a moradora, a partir do meio-dia já não é mais possível encontrar o líquido nas torneiras, e ela é obrigada a armazenar o líquido em caixa de água, baldes e galões. “Eu sempre tenho um galão de reserva, porque nunca se sabe se vai ter água a tarde e não dá para cozinhar sem água. Às vezes, ela chega 5h da manhã, mas mal enche a caixa. As jarras de água são enchidas de gota em gota, porque nem água no filtro tem. Dentro do banheiro, sempre tem um balde com água, porque, se não tiver água na caixa, toma banho no balde”, relata.

Naída denuncia ainda que, os moradores já chegaram a ficar quatro dias sem água encanada, sendo obrigados a comprarem água mineral para beber e cozinhar, e galões para tomar banho. Sem o líquido, a roupa suja também se acumula, já que não tem quantidade suficiente para usar a máquina de lavar. A reforma da casa segue parada, pois também não é possível oferecer condições para a realização da obra.

Os moradores da zona Sul também sentem na pele a falta de água diária na região. A funcionária pública Maria Claudinéia de Abreu, que mora no Parque Piauí, conta que o líquido deixa de chegar à torneira ainda no início da manhã e só retorna no final da tarde. Sem opção, a família é obrigada a tomar banho no quintal.

“Isso atrapalha muito a rotina da casa e do trabalho; até porque, a gente paga por um serviço que não é cumprido. O nosso bairro é muito populoso, um dos mais antigos e ainda fica localizado próximo à estação de tratamento, mas isso não influencia em nada, porque ficamos sem água todos os dias”, disse.

fonte portal o dia