Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, foi sepultado ao lado do seu ursinho de pelúcia, na tarde desta quarta-feira (27).
*Laisa Mendes e *Pedro Pires
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Familiares e vizinhos de Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, morto após uma descarga elétrica de uma placa de iluminação, realizaram manifestação pacífica pedindo justiça. O protesto aconteceu em frente a revendedora de gás, onde Arthur morreu, na tarde desta quarta-feira (27).
Segundo os familiares, a criança estava caminhando na calçada de uma revendedora de gás quando tocou uma placa energizada do estabelecimento, localizado na Vila Wall Ferraz, na zona Sul de Teresina, na terça-feira (26).
Presente na manifestação, Monalisa, tia de Arthur, pediu justiça e afirmou que a empresa não prestou nenhum tipo de apoio ou solidariedade à família, que precisou de ajuda dos populares para custear o velório da criança.
“Nós queremos justiça, porque, até o momento, a empresa não entrou em contato conosco nem prestou nenhum tipo de solidariedade à família. Queríamos, ao menos, que eles nos procurassem para oferecer alguma ajuda financeira, já que a família não tem condições no momento. Fomos ajudados pela população para conseguir custear o velório da criança”, relatou Monalisa.
Arthur Luís Alves do Nascimento foi sepultado ao lado do seu ursinho de pelúcia, na tarde desta quarta-feira (27), no Cemitério Santa Cruz, no bairro Promorar, zona Sul de Teresina.
Empresa permaneceu funcionando
Familiares relataram ao Portal ClubeNews que os fios da placa de iluminação estavam soltos na calçada há alguns dias. Segundo eles, funcionários do estabelecimento teriam informado o proprietário sobre o risco, mas nenhuma providência foi tomada para a manutenção do equipamento.
Nesta quarta-feira (27), um dia após a morte da criança, a revendedora de gás permaneceu funcionando normalmente durante todo o dia. De acordo com populares, as portas só foram fechadas quando os familiares chegaram para realizar a manifestação, enquanto os funcionários permaneceram dentro do local durante o protesto.
Investigação
O delegado Odilo Sena informou que todas as perícias cabíveis foram solicitadas. No entanto, algumas não puderam ser realizadas devido à violação do local do crime, supostamente realizada por funcionários da empresa, fato comprovado por imagens e fotografias.
Segundo o delegado, até o momento, não houve qualquer manifestação por parte da empresa. “Pelo contrário, eles estavam tentando se livrar da responsabilidade. Vamos ouvir todas as pessoas envolvidas após o enterro da criança, incluindo os funcionários suspeitos de terem alterado a cena”, afirmou.
O caso será conduzido pelo delegado-titular da 4ª Delegacia Seccional de Teresina, que abrirá um inquérito policial para apurar as circunstâncias e confirmar a possível ocorrência de homicídio culposo.
fonte portalclubenews.com