O delegado Ferdinando Martins, da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), revelou nesta terça-feira (14/10) um esquema que, segundo ele, funcionava como uma verdadeira administração paralela dentro da Prefeitura de Teresina. No centro das investigações está Suelene Pessoa, ex-chefe de gabinete, apontada como a articuladora de uma rede que manipulava pagamentos, contratos e servidores para desviar recursos públicos por meio de “rachadinhas” e lavagem de dinheiro.
De acordo com o delegado, Suelene controlava decisões estratégicas e financeiras como se fosse a gestora de fato da prefeitura. Ela decidia sobre lotações e transferências de servidores e interferia diretamente em pagamentos a fornecedores. “Era ela quem dava a palavra final, com acesso total às movimentações e influência em cada etapa dos processos”, afirmou Ferdinando.
As apurações indicam ainda que Suelene mantinha ligações com empresários e intermediários financeiros que ajudavam a ocultar valores obtidos de forma ilícita. Parte dos bens da ex-servidora, como imóveis e transações bancárias, estaria vinculada ao esquema. Segundo o delegado, o grupo agia de forma estruturada, com operadores encarregados de repassar valores e recolher parte dos salários de comissionados. “Ela tinha o controle de tudo, inclusive do que cada servidor ganhava e devolvia. Era um sistema de poder dentro do poder”, concluiu.
fonte 180graus.com