A Justiça de Teresina decretou a prisão preventiva de todos os alvos da Operação Macondo, que investigou um grupo de estrangeiros, entre colombianos e venezuelanos, envolvidos em um esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro na capital piauiense. A decisão foi assinada pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira.
Segundo as investigações, o grupo atuava em feiras livres e comércios populares, oferecendo empréstimos ilegais com juros abusivos e cobrando dívidas por meio de ameaças, constrangimento público e destruição de mercadorias. A Polícia Civil identificou a atuação organizada do grupo a partir de diligências de campo, boletins de ocorrência, relatórios do COAF e depoimentos de vítimas e testemunhas.
Os integrantes tinham funções específicas dentro do esquema: alguns concediam empréstimos, enquanto outros eram responsáveis por cobrar os valores ou movimentar grandes quantias de dinheiro em contas de passagem, incompatíveis com suas rendas declaradas — prática típica de lavagem de capitais. Mensagens e comprovantes de PIX reforçaram a ligação direta de cada investigado com as operações financeiras ilícitas.
Entre os suspeitos estão Emilio Rafael, Eimer Danwuil, Ivan Alfredo, Marco Túlio, Rene Antica, Rodolfo Alberto, José Rafael, Joyce Arnardo, Yojan Andres, Jesus Antônio e Xiomara Ramírez, cada um com funções específicas, como movimentação de valores, ocultação de recursos e intermediação de transferências bilionárias.
A Polícia Civil ressaltou que o grupo apresentava estrutura organizada e transnacional, com divisão de tarefas, mobilidade territorial e métodos sofisticados de ocultação de recursos, dificultando o rastreamento do dinheiro e tentando dar aparência de legalidade às operações.
Com a decisão judicial, todos os investigados permanecem presos preventivamente enquanto a investigação continua, e a apuração deve detalhar a origem dos recursos e possíveis outros envolvidos no esquema.
fonte 180graus.com