Nível de barragens cai, chega a 18%, e racionamento piora em municípios
Os níveis das barragens Bocaina e Piaus estão abaixo do esperado e o racionamento de água poderá piorar no semiárido. Os agricultores que dependem do armazenamento temem que se prolongue o período da seca. Bocaina, uma das maiores barragens do Estado, está com 18% da capacidade de armazenamento de água.
De acordo com o coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Aloísio Ferro Gomes, por conta da seca, foi definida em reunião com o comitê gestor do açude que decidiu por limitar a liberação de água dos reservatórios de Bocaina.
"Atualmente liberamos 150 mil litros por segundo, mas em outros períodos ele chegou a liberar até 400 mil litros. Estamos diminuindo e a expectativa é que em fevereiro tudo seja normalizado, mas dependemos das chuvas", pontuou o presidente.
O vereador Domingos Macedo (PP), da Comissão Gestora do Açude Bocaina, informou que se não chover até novembro a situação vai piorar. “Foi acordado que as comportas não seriam fechados totalmente e que ficará aberto com vazão de 150 mil litros por segundo. Nossa expectativa que o período chuvoso seja no final de novembro e final de dezembro”.
Ele informou que a barragem abastece irrigantes dos municípios de Bocaina, Sussuapara e Picos.
Já na barragens Piaus, o prefeito, José Neci, de São Julião, informou que o município corre o risco de ter problemas no fornecimento se não se regularizarem as chuvas até fevereiro.
"Já temos um programa de abastecimento com carros-pipa, mas já interrompemos até o abastecimento para os animais. Se não fosse o açude de Piaus, não sei como seria nossa situação. Até fevereiro temos abastecimento garantido graças a ele", acrescentou o prefeito.
A adutora Piaus foi inaugurada em 2010 e tem capacidade para armazenar 104,5 milhões de metros cúbicos de água e vai garantir, através de uma adutora, água tratada para cerca de 50 mil pessoas em cidades como São Julião, Fronteiras, Vila Nova, Alagoinha e Campo Grande do Piauí.