Daniel Oliveira admite crise no sistema penitenciário, mas garante que fica na secretaria
Uma das metas da Sejus é resolver, nos quatro anos de gestão de Wellington Dias, o déficit no sistema presidiário que já passam das 1500 vagas
Em meio à crise que vem afetando a sua pasta, o secretário estadual de Justiça, Daniel Oliveira, disse ao portal que estão descartadas a possibilidade de sua exoneração do órgão. Buscando uma acomodação política e administrativa, o governador Wellington Dias (PT) poderia acomodar o PMDB na Secretaria Estadual de Justiça (Sejus). O gestor acredita que as tensões fazem parte do sistema e prevê obras para o ano que vem.
O acerto com o PMDB viria através da eleição para novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), em que o candidato Mauro Tapety, ex-deputado estadual, abriria caminho para facilitar a eleição de Kléber Eulálio, seu adversário. Com isso, Mauro indicaria um nome para ocupar a pasta comandada hoje por Daniel Oliveira, que vem enfrentando crises na gestão, diante das intercorrências do sistema carcerário no Piauí.
“Entendo isso como mera especulação. O Brasil é um país livre e cada um pode falar o que quiser”, defendeu o secretário Daniel Oliveira à sua permanência no comando da Sejus.
DANIEL ADMITE CRISE
O secretário estadual de Justiça reconhece que as crises têm sido constantes no órgão. Para Daniel, os investimentos nas obras inacabadas podem representar uma minimização dos problemas, bem como a superlotação no sistema carcerário do Piauí.
“O sistema prisional está enfrentando sim um momento difícil, por conta do aumento da população carcerária, que hoje é elevada. Temos tido momentos delicados, e isso faz parte da crise, que são peculiares ao sistema de segurança pública”
Recentemente, foi inaugurada a Casa de Detenção Provisória de Altos “Capitão Carlos José Gomes de Assis”, com 142 novas vagas. A Sejus também tenta dar agilidade às obras de ampliação de dois pavilhões da Casa de Custódia.
NOVA UNIDADE SOMENTE EM 2016
Outra obra que está em processo licitatório, e que é vista como a “esperança” do Governo do Estado para sanar o colapso dos presídios do Piauí é a abertura de uma unidade que terá capacidade para mais de 600 vagas. Contudo, esta unidade prisional que será construída também na região do município de Altos, só será licitada e talvez executada em 2016.
Outra obra que está em processo licitatório, e que é vista como a “esperança” do Governo do Estado para sanar o colapso dos presídios do Piauí é a abertura de uma unidade que terá capacidade para mais de 600 vagas. Contudo, esta unidade prisional que será construída também na região do município de Altos, só será licitada e talvez executada em 2016.
A obra teve sua licitação anulada no início deste mês. Segundo o que alegou a Corregedoria Geral do Estado (CGE) havia várias irregularidades e “vícios insaciáveis”, por problemas na numeração e ordenamento dos documentos integrantes.
Uma das metas da Sejus é resolver, nos quatro anos de gestão de Wellington Dias, o déficit no sistema presidiário que já passam das 1500 vagas.