Fábio Novo garante que 99% do PT vota em Ciro Nogueira
“Não podemos fazer política olhando para o retrovisor”, disse o deputado em entrevista ao AZ nas Eleições
O deputado estadual Fábio Novo (PT) reconhece que alguns de seus colegas de partido ainda repudiam a presença de Ciro Nogueira (Progressistas) no palanque governista, mas garante que “99% dos petistas votam no senador”. O assunto foi um dos vários comentados pelo petista, candidato à reeleição, durante entrevista ao AZ nas Eleições desta quinta-feira (23).
“Pode ter assim alguma resistência com relação ao Senador Ciro, mas hoje mais de 90, diria até que 99% dos petistas votam no senador Ciro. Temos acabar com esse negócio de não sentar na mesa com quem temos diferenças.”, declarou o deputado.
As rusgas em torno do impeachment de Dilma Rousseff (em 2016) foram superadas, hoje os petistas agradecem pelo empenho do Progressista em carrear recursos para o Estado, segundo Novo: “não podemos fazer política olhando para o retrovisor”.
Deputado Fábio Novo (Foto: Marcelo Gomes/ Portal AZ)
“Acho que, se havia um sentimento, foi debelado. Não concordo, naquele momento, com o posicionamento do senador Ciro nogueira [com relação ao impeachment], mas temos que reconhecer o conjunto da obra. E no conjunto o senador Ciro foi o senador que talvez mais carreou recurso para o Piauí”, completou.
Na conversa, Fábio também tratou sobre sua gestão à frente da Secretaria de Estado de Cultura, do qual pediu desincompatibilização no início do ano para poder executar seu projeto de reeleição ao parlamento estadual. Como gestor da pasta, o parlamentar diz ter feito o “dever de casa”.
“Temos 33 equipamentos de cultura no Estado e recuperamos todos, colocamos todos para funcionar. A Biblioteca Cromwell de Carvalho [em Teresina] é um exemplo, estava fechada quando assumimos”, destacou.
A Cromwell de Carvalho, segundo maior biblioteca pública do Piauí, foi reaberta em novembro de 2016.
Governo de Wellington Dias
Novo amenizou os problemas enfrentados pelo correligionário Wellington Dias na administração do Estado, principalmente os referentes à Segurança Pública. Para o deputado as ações do executivo estadual, como a contratação de mais policiais militares, ficam "engessadas" devido à grande folha de inativos.
"O Estado paga 42 mil aposentados e tem 38 mil ativos. É preciso dizer que o Estado do Piauí tem que ter dinheiro para pagar 42 mil aposentados. Como você vai contratar? Isso é um grande desafio para qualquer que seja o governo", disse.
