A Telefônica Vivo encerrou o contrato de prestação de serviços com a empresa de teleatendimento Vikstar. Com a decisão, a unidade de Teresina deverá demitir mais de 2 mil funcionários até junho deste ano.
Vivo encerra contrato com a Vikstar Teresina e empresa deverá demitir mais de 2 mil funcionários (Foto: reprodução internet)
A Telefônica Vivo encerrou o contrato de prestação de serviços com a empresa de teleatendimento Vikstar. Com a decisão, a unidade de Teresina deverá demitir mais de 2 mil funcionários até junho deste ano. Trabalhadores temem não receber os pagamentos e as rescisões, caso ocorra a demissão em massa.
Ao Portal, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado do Piauí (Sinttel), João de Moura Neto, relatou que tem buscado soluções para garantir o pagamento de todos os funcionários da Vikstar Teresina. O sindicalista explicou que o contrato da empresa com a Vivo foi cancelado no dia 18 de março e a operação encerra em 18 de junho.
“A Vikstar terceirizava os serviços para Vivo, com esse fim do contrato, os trabalhadores deverão ser demitidos. Ontem, tivemos uma audiência para tentar garantir o pagamento de todos os funcionários, já que a empresa atrasa salários e também está com a contribuição social atrasada. Já faz tempo que pressionamos a Vivo para resolver a situação e consequentemente, assegurar o salário de todos. Na reunião ficou firmado que a Vikstar pagará todos os trabalhadores, a Vivo também assegurou esse compromisso”, relatou Moura.
O presidente do Sinttel pontuou ainda que, em caso da Vikstar não pagar os funcionários, a Vivo deverá ser responsabilizada por esses pagamentos. João de Moura destacou ainda que serão realizadas audiências públicas na Assembleia Legislativa do Piauí e na Câmara Municipal de Teresina sobre a demissão em massa.
“Se a Vivo comprovar que pagou tudo que deve para Vikstar, eles terão que pagar todos os trabalhadores. Nosso medo é a Vikstar receber e não concluir esses pagamentos e deixar os trabalhadores ‘na mão’. Em torno de 2,5 mil funcionários serão demitidos. Pode até ser mais porque a empresa vive contratando e demitindo pessoas todos os dias. O que temos de certeza, até agora, é que a Vivo garantiu o pagamento dos salários atrasados e que vai acompanhar a transição até o dia 18 de junho”, disse.
Reunião com governador e prefeito
Ainda em entrevista à reportagem, João de Moura afirmou que solicitou uma reunião com governador do Piauí, Wellington Dias e o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, para tratar sobre o assunto. O sindicalista destacou a importância da Vivo continuar na capital, principalmente pela geração de empregos que a empresa oferece.
“A Vivo tem todas as condições de continuar com os serviços terceirizados em Teresina. Vamos lutar para que a empresa tente contato com outro grupo de teleatendimento e permaneça na capital. Quando se reunirmos com o governador e prefeito, vamos pedir para que haja essa intervenção de manter esses postos de trabalho no estado”, finalizou.