Na mensagem lida na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (2), o governador Wellington Dias fez um balanço da situação em que recebeu o Estado e garantiu que vai retomar as obras paralisadas e terá como prioridades em sua gestão a Saúde, Educação e Segurança.
No documento, que contém 17 páginas, Dias diz que “os desafios de hoje são diferentes daqueles com os quais nos enfrentamos há doze anos” e faz uma comparação de sua vitória no ano passado com a de seu primeiro governo. “Há diversas formas de interpretar o nosso sucesso na última eleição. Para nós, foi um basta. A população do Piauí entendeu que o projeto que iniciamos em 2003 sofreu um desvio de rota nos últimos anos”, declara.
Em seu discurso, o governador preferiu continuar não lendo a mensagem e falar de improviso. Ele declarou que em 2003, foi eleito sob o signo da mudança e que seu mandato estava comprometido em alterar para melhor a vida dos piauienses. "Quero assumir nesta mesma tribuna retomar o nosso projeto de transformação de realidade e continuar o desenvolvimento para que a população tenha uma vida digna. O Piauí avançou nas áreas econômica e social, mas queremos mais; promover avanços profundos cientes que podemos contar com o empenho dos deputados desta casa e os nossos servidores", destacou.
Wellington disse que o Piauí conquistou avanços no PIB, IDH, distribuição de renda, mas ainda assim enfrenta dificuldades para cumprir compromissos básicos como a Lei de Responsabilidade Fiscal, requisito para que os Estados possam estabelecer convênios com a União e contrair empréstimos, por exemplo.
"Estamos reajustando o tamanho da máquina à realidade da gente e só assim seremos capazes de retomar o desenvolvimento. Essa semana recebemos a certidão de cumprimento da lei de responsabilidade fiscal e saímos do CAUC. Estamos fazendo o dever de casa fundamental, pois no momento que vivemos não é possível andarmos sozinho, temos necessidade de trabalhar com o governo federal. Teremos que retomar obras. Temos o ingresso de recursos e convênios de cerca de 700 projetos de obras e programas e contratos de empréstimos, que correspondem a aproximadamente R$ 2,2 bilhões que stavam parados e agora passam a circular na nossa economia. São convênios com a União que entram para o cálculo da receita corente líquida faz circular na economia uma receita que não estava circulando", informou o governador.
Segurança
Wellington Dias justificou os decretos de urgência administrativa assinados no início do seu mandato. No caso da segurança, ele apontou o aumento da taxa de homicídios com problema a ser combatido. "Reduzir esse patamar é uma emergência. São vidas humanas que estão sendo ceifadas e o Estado precisa tomar uma providência", afirmou. "Já estamos trabalhando para neste mandato voltar ao patamar que estávamos e ainda alcançar redução".
O governador citou o grupo de trabalho com participação do Ministério da Justiça e a vinda da Força Nacional até março, para as primeiras ações conjuntas. O gestor afirmou que o Piauí passou a ser o primeiro estado brasileiro no programa Brasil Mais Seguro, do governo federal. Um plano de longo prazo deve apontar soluções para as deficiências na área em todo o Estado.
Saúde
Para o governador, o decreto de emergência na Saúde permitiu que a União ajudasse a fazer funcionar o que estava precário, com o Hospital Infantil de Teresina. "Nós passamos agora a voltar ao funcionamento enquanto fazemos os investimentos", explicou.
Wellington Dias quer estruturar a alta complexidade em cinco pólos até 2018. "Pólos de saúde com uma complexidade que hoje só tem na capital", citou. Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus devem ser os primeiros beneficiados. "Aquilo que hoje só se resolve me Teresina, também resolver nessas cidades. É a importância dessa descentralização".
O governador ressaltou a importância da prevenção, não só com a disponibilização de exames mais complexos em 11 regiões do Estado como também a atenção básica e o fornecimento de condições ideais de vida, como água tratada e moradia digna. Como exemplo, citou os gastos anuais de R$ 75 milhões com carros-pipa. Em dois anos, o valor poderia ser investido em uma solução definitiva. "Água potável significa menos doença. Alimentação, ter casa, ter banheiro, energia também".
Educação
A retomada de obras em escolas que estavam em andamento e a conclusão de outras está entre as prioridades na educação. Wellington Dias afirmou que o governo terá de ajudar prefeituras a concluir obras do setor.
O governador citou ainda o problema na redução do número de alunos matriculados, o que pode trazer um prejuízo de R$ 300 milhões para o Estado em recursos do Fundeb.
Wellington Dias anunciou ainda que pretende oportunizar aulas aos sábados e domingos. "Muitas pessoas trabalham e não têm condições de estudar durante a semana", explicou.
fonte cidadeverde.com