quarta-feira, 23 de julho de 2014

Jovem pede ajuda a cliente e é resgatada de casa de prostituição


Jovem pede ajuda a cliente e é resgatada de casa de prostituição

Vítima era obrigada a se prostituir para pagar dívida de R$ 2 mil.

Uma jovem que era vítima de exploração sexual em São João do Piauí, na região Sul do Estado, foi resgatada de uma casa de prostituição com a ajuda de um cliente. Há pelo menos um ano ela trabalhava no local e era obrigada a se prostituir para pagar uma dívida de R$ 2 mil, contraída na loja de roupas das proprietárias do prostíbulo.
Segundo o delegado Jorge Terceiro, que montou a operação de resgate, a denúncia foi recebida da delegacia de Floriano. “A jovem deu um número de telefone para o cliente pediu que ele avisasse sobre a sua situação à família dela, que é de Floriano. O pai da vítima denunciou e o delegado me passou todas as informações sobre o caso”, conta Jorge Terceiro, que concluiu a operação na noite de segunda-feira (21).
Além da jovem, mais quatro garotas com idade entre 18 e 25 anos trabalhavam e moravam na casa de prostituição. “Três delas confirmaram que eram exploradas. As duas mulheres que eram proprietárias também confessaram que as garotas moravam no local e que eram obrigadas a pagar uma taxa de R$ 50,00 se quisessem sair com um cliente”, disse o delegado.
As proprietárias tiveram a prisão preventiva decretada, pelo crime de favorecimento à prostituição e o estabelecimento foi fechado. A polícia ainda investiga o envolvimento delas com outros crimes. A casa de prostituição (foto ao lado) funciona há aproximadamente 20 anos, no centro de São João do Piauí.
Segundo informações colhidas pela polícia, nos fundos do estabelecimento existem diversos quartos onde as garotas moravam e faziam os programas. As proprietárias cobravam R$ 15,00 para o cliente ir para o quarto com a garota.
Na manhã de hoje, o conselho tutelar foi até a casa de prostituição para investigar a denúncia de que duas crianças moravam com a mãe no local. A mulher seria uma das prostitutas que residiam no estabelecimento.
A jovem resgatada ganhou uma passagem e voltou a Floriano, onde reencontrou a família. “Ela queria voltar para a casa dos pais, mas as donas do estabelecimento não permitiam, sob a alegação de que ela devia uma conta contraída na compra de roupas e objetos de uso pessoal”, conta Jorge Terceiro.
As outras garotas que trabalhavam na casa de prostituição são das cidades de São Raimundo Nonato e do interior de São João do Piauí.
fonte portal o dia