Ambulante vende ponto no Shopping da Cidade por R$ 12 mil no Facebook

A venda ilegal de pontos comerciais no Shopping da Cidade, no Centro de Teresina, se modernizou. Através da rede social, principalmente Facebook, proprietários estão oferendo boxes na web, sem nenhum receio, chegando a fornecer contatos telefônicos para a negociação. O Cidadeverde.com flagrou uma oferta de venda na internet no valor de R$ 12 mil.

No anúncio, o ambulante está vendendo o boxe 519, no primeiro andar do shopping, informando que é “em frente a Eletrobras”. Na publicação foi disponibilizado dois contatos telefônicos.

Equipe do Cidadeverde.com ligou para o telefone do anúncio. Quem atendeu foi uma mulher que ao saber que era interesse sobre o boxe, ela passou para o marido de nome “Júnior”. Ele confirmou que estava vendendo o ponto comercial 519.

“O ponto está alugado para uma pessoa comercializar celulares. Mas, pode confiar. Podemos fazer um contrato e passar no cartório. Tudo legalmente”, garantia o proprietário do ponto.

Ele disse ainda que é proprietário do boxe há cerca de dois anos e que tem “outros” no Shopping da Cidade. Por telefone foi perguntado se ele poderia vender mais barato. Ele respondeu que se for à vista ele poderia baixar para R$ 11 mil. Caso quisesse parcelar em três vezes o valor ficaria de R$ 12 mil.

A venda de pontos no shopping é proibida. Os ambulantes receberam permissão após sorteio e o local é administrado pelo Instituto de Negócios do Piauí. Equipe do site tentou falar com alguém da direção e não foi localizado.

Mais de 50% vendidos
Segundo levantamento da Associação dos Microempreendedores de Teresina cerca de 50% dos proprietários já venderam seus boxes. O Shopping da Cidade foi inaugurado em 2009 com 1.915 pontos comerciais. Para a chegada da sede do Detran foram tirados cerca de 80 boxes. As lojas mais caras são o que ficam no térreo e chegam a ser vendidas por até R$ 200 mil.

Erico Luiz Araújo, da Associação dos Microempreendedores de Teresina, atribui à venda dos pontos a falta de estrutura no local e a queda nas vendas.
“É uma situação delicada. Prometeram infraestrutura e nada. Inauguraram o segundo piso afirmando que teria passarela para o metrô e agência do Banco do Brasil e até agora nada. Não esquecendo que um dos maiores gargalo do shopping é o estacionamento que não existe para os clientes”, disse Erico Luiz.
 

fonte portal o dia