segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Chiê não possuía doença mental no dia da chacina em São Miguel do Tapuio


Chiê não possuía doença mental no dia da chacina em São Miguel do Tapuio

Resultado do exame psíquico indica que, na data do crime, o réu foi acometido de alterações de comportamento devido ao uso de crack.

O exame psiquiátrico feito no réu Clewilson Vieira Matias, o Chiê, mostrou que ele não era portador de doença mental na data em que matou cinco pessoas no município de São Miguel do Tapuio, distante 248 km de Teresina.
A avaliação médica foi feita no final de julho, após solicitação da defesa de Clewilson. Caso fosse comprovada a existência de algum transtorno mental, o advogado pretendia solicitar ao Poder Judiciário que o réu fosse internado num hospital psiquiátrico ou que lhe fosse aplicada uma pena alternativa.
O resultado do exame também aponta que Chiê era capaz de entender o fato criminoso que cometeu no dia 30 de outubro de 2014, quando matou a esposa, Maria Moreira, e outras quatro pessoas - o estudante Sidney Tavares; o professor de informática Roberto Crisóstomo; o comerciante Cláudio Barros Oliveira; e o líder comunitário Juvêncio dos Reis.
O relatório médico aponta que, na data em que se submeteu ao exame psíquico, Clewilson "apresentou-se vestido adequadamente, consciência vígil [vigilante], higienizado, orientado globalmente, discurso coerente apresentado com voz clara e bom fluxo de palavras, pensamento de curso normal, abstração presente, humor estável, afetos congruentes, memórias preservadas, sem alterações sensoperceptivas, inteligência mediana avaliada empiricamente e juízo crítico da realidade sem comprometimento".
A avaliação psíquica também indica que, na data do crime, o réu foi acometido de alterações de comportamento devido ao uso de drogas. "Pelo exposto, concluímos que o periciado era acometido de alterações de comportamento devido ao uso de crack, atualmente abstinente, porém, em ambiente protegido. Quanto à sua capacidade de imputação, à época dos fatos delitivos, o analisado não apresentava prejuízos da sua capacidade de entendimento e determinação", conclui o relatório.
Chiê foi preso no dia 6 de novembro do ano passado, após uma extenuante caça da Polícia Militar, que durou sete dias. Na ocasião, o acusado confessou ter matado a mulher por achar que tinha sido traído. 
Ele também afirmou que estava arrependido apenas de ter assassinado o compadre, e que as demais vítimas foram mortas porque pretendiam denunciá-lo à Polícia por tráfico de drogas.

fonte portal o dia