quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Presos cavam túnel e tentam fugir da Irmão Guido


Presos cavam túnel e tentam fugir da Irmão Guido

Agentes impediram a ação. 14 detentos dividiam a cela.


Pelo menos 14 presos do Pavilhão C da Penitenciária Irmão Guido tentaram fugir cavando um túnel a partir do piso do banheiro da cela que dividiam. O túnel foi encontrado por agentes penitenciários durante uma vistoria de rotina por volta das 10 horas da manhã de hoje (12). Segundo o Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado), esta a ação foi abortada e todos os presos retirados da cela e separados.
“Esta já é a segunda tentativa de fuga que nós registramos somente essa semana. No último dia 07, os agentes encontraram um túnel começando a ser cavado em uma cela na Penitenciária Feminina”, destaca Kleiton Holanda, diretor administrativo do Sinpoljuspi.
De acordo com ele, os detentos aproveitam a área do piso próximo ao chuveiro da cela para começar a cavar os túneis por conta da umidade que o local apresenta e da facilidade com que pode ser quebrado. O túnel encontrado na Irmão Guido hoje ainda se encontrava em estado inicial. Os presos confessaram que tinham começa a cavar há poucos dias.
O Sinpoljuspi informou que, por medida de segurança, os 14 detentos que dividiam a cela foram separados e colocados em isolamento pelo período de 10 dias em que deverá ser concluído o inquérito disciplinar que foi aberto hoje. Após este prazo, os detentos poderão ser punidos com a perda do direito ao banho de sol por 30 dias bem como serão proibidos de receber qualquer tipo de visita. Em último caso, eles poderão ainda sofrer um aumento na pena que já cumprem.
Superlotação
De acordo com o Sinpoljuspi, a Penitenciária Irmão Guido encontra-se superlotada. Com capacidade para receber 300 presos, o presídio abriga hoje pelo menos 402. Para o diretor administrativo do Sindicato, há um déficit muito grande no número de agentes que ficam de plantão no local. “São apenas sete ou oito agentes por turno para cuidar desse tanto de preso. Eles se agitam, ameaçam motim, e a gente acaba não dando conta. Tem sempre que ficar pedindo reforços”, finaliza Kleiton Holanda.

fonte portal o dia