Quadrilha interestadual especialista em fabricar explosivos é presa
Apreensões foram realizadas em Teresina e em Timon.
Policiais militares prenderam uma quadrilha interestadual especializada em fabricar e montar explosivos. Com os acusados foi apreendida grande quantidade de armas, bananas de dinamite, granadas e outros produtos. O material foi encontrado na tarde desta sexta-feira (29) em uma oficina mecânica localizada na rua Firmino da Paz, no bairro Tabuleta após uma operação conjunta da Força Tática do 6º Batalhão de Polícia Militar, Cia do Promorar e Rone.
Fotos: Jailson Soares/O Dia
A perseguição a dois veículos suspeitos teve início no bairro Promorar, zona Sul de Teresina e seguiu até a oficina. Antônio Francílio dos Santos Fontenele e Alexandro Alves dos Santos foram presos. Eles são funcionários da oficina e disseram não ter conhecimento sobre as armas e o material apreendido. O nome de uma terceira pessoa foi citado como sendo o dono da oficina, mas a polícia ainda está à sua procura.
Na oficina foram encontradas duas pistolas, dois fuzis calibre 22, um fuzil 556, e uma escopeta calibre 12, duas armas brancas, duas máscaras, um maçarico, seis furadeiras, dois rifles, granadas e bananas de dinamite. Além das armas havia também oito carregadores de fuzil, sete carregadores de pistola 380, dois coletes a prova de bala e 481 munições.
Outro material conhecido como boca de jacaré também foi encontrado. O coronel Raimundo Sousa explicou que se trata de um equipamento comumente usado pra furar pneus e evitar que as viaturas se aproximem. "Ele se camufla fácil no asfalto e também pode ser usado para parar carros forte em estradas", disse o coronel.
Outra parte da quadrilha, que estaria atuando principalmente em assaltos a bancos e Correios no Piauí e no Maranhão, foi presa em Timon. Os dois suspeitos foram delatados pelos presos em Teresina, de acordo com a polícia. Na cidade maranhense foi apreendida uma pistola ponto 40, um revólver calibre 38 e mais um fuzil 556, além de seis bananas de dinamite e R$ 10 mil em notas de cem.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto Sousa, disse que a PM vem monitorando os membros dessa quadrilha há pelo menos 40 dias e que há ainda a possibilidade desse grupo ter braços em municípios do interior do Estado, onde agem com mais frequência.
Questionado sobre a origem das armas e como a quadrilha as teria conseguido, o coronel explicou que se trata de um armamento que vem, na maioria das vezes, de fora do país. "Nossas fronteiras nacionais são muito frágeis e isso facilita o trânsito dessas armas que, como se pode observar, não são discretas. São armas de grosso calibre e têm um custo muito alto. Isso só mostra o poder aquisitivo e de destruição desses grupos", afirma o coronel Carlos Augusto.