Polícia divulga retrato falado do suspeito de atirar no músico Chagas Vale
O retrato foi produzido a partir de relatos feitos pela companheira de Chagas Vale, Talita do Monte, que testemunhou a ação do criminoso.
A Delegacia de Homicídios divulgou nesta segunda-feira (9) o retrato falado do suspeito de efetuar disparos contra o músico e produtor cultural Chagas Vale, na noite da última quarta-feira (4).
Segundo o delegado Francisco Costa Baretta, o retrato foi produzido a partir de relatos feitos pela companheira de Chagas Vale, Talita do Monte, que testemunhou a ação do criminoso. "Ela foi a pessoa que melhor visualizou o autor dos disparos. E nós temos tido muito sucesso com essa técnica. Quando nós efetuamos a prisão de criminosos quase sempre a fisionomia é muito parecida ao que foi descrito pelas testemunhas para produção do retrato falado", afirma Baretta.
Conforme a descrição, o bandido tem por volta de 20 anos de idade e 1,58 metro de altura. Ele é magro, os cabelos e olhos são de cor preta e a pele é parda.
O retrato falado foi confeccionado na sexta-feira, 6, dois dias após o crime, e o grau de semelhança estipulado pelo perito é de 70%. "Esse índice não chega mais próximo de 100% porque há vários fatores que influenciam na produção do retrato falado, como as condições de iluminação do local do crime, a percepção da testemunha e, inclusive, sua memória", acrescenta o delegado Baretta.
O crime ocorreu na Rua Sotero Vaz da Silveira, no bairro Primavera II, zona norte de Teresina.
Ao delegado Higgo Martins, responsável pela investigação do crime, Talita do Monte informou que Chagas Vale havia acabado de chegar na residência e ela estava fechando o portão da casa, quando um elemento adentrou no local portando uma arma de fogo. Neste momento o músico saiu da casa para verificar o que estava acontecendo, e acabou sendo baleado pelo suspeito, que, em seguida, fugiu do local acompanhado de um comparsa, sem levar nenhum bem das vítimas.
De acordo com o delegado Francisco Baretta, a Polícia Civil já conseguiu colher bastante informação sobre o caso, como a provável rota de fuga dos criminosos.
Baretta lembra que a Delegacia de Homicídios, normalmente, só investiga assassinatos cujos autores são desconhecidos. Em assassinatos com autoria conhecida ou em tentativas de homicídio a investigação cabe ao distrito da área.
Porém, por determinação do delegado geral, Riedel Batista, o atentado contra o músico passou a ser investigado pela delegacia coordenada por Baretta.
"Em breve, vamos encaminhar todos os autos do inquérito para a Delegacia Geral, incluindo o trabalho da perícia, os depoimentos e as informações obtidas a partir das diligências feitas pela equipe do delegado Higgo Martins. O crime está bem perto de ser elucidado", conclui Barreta.