Em Facebook, promotor defende que concurso do TJ seja anulado
O promotor Francisco de Jesus Lima, do Núcleo de Combate à Violência contra a Mulher do Ministério Público Estadual, se manifestou nesta terça-feira (22) sobre a polêmica em torno do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí, onde cinco pessoas foram presas, entre eles um adolescente de 17 anos que estava com identidade de outra pessoa. Todos foram soltos após pagamento de fianças na Central de Flagrantes. Para ele, bastava apenas um indício de fraude para o certame ser anulado.
"Havendo indicio de fraude, seria interessante que os candidatos propugnassem ao tribunal e aos órgãos, através de manifestação, a nulidade. Pra mim basta um simples indicio. Essa história de que teria sido apenas 5 envolvidos não convence, talvez sejam cinco as pessoas identificadas", disse o promotor, que nega ter gravado um áudio que circula nas redes sociais chamando os convocados às ruas.
"Áudio eu não gravei, eu fiz uma postagem em meu face, já que os candidatos me perguntaram o que eu achava", declarou ao portal.
Em seu perfil no Facebook, o promotor defende que, em defesa da transparência, o TJ deveria anular o certame. "Provocado por candidatos (as) sobre as suspeitas de fraudes no concurso público do TJ/PI, afirmo: em nome da transparência, legalidade e moralidade administrativa, nossa Corte deveria ANULAR o certame, até porque existem indícios de participação de "apaninguados" de autoridades dos três poderes, rolam áudios e muito mais. E o MP/PI? Prejudicados (as) vãos às ruas, registrem suas indignações, eu vou junto!", declarou.
Nesta terça-feira, o delegado Kleidson Ferreira, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), revelou que uma das candidatas presas admitiu que recebeu um gabarito da prova do concurso. O delegado esclareceu que a candidata recebeu o gabarito de alguém, mas não era o oficial da Fundação Getúlio Vargas, empresa responsável pelo concurso.