quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Taxistas fazem carreata em protesto contra violência e impunidade


Taxistas fazem carreata em protesto contra violência e impunidade

Manifestantes fizeram último ato em homenagem a José Wilson, morto por um adolescente na quarta-feira, durante uma tentativa de assalto.

Centenas de taxistas dirigiram-se até a Avenida Miguel Rosa, em frente à Pax União, no Centro de Teresina, para realizar um ato em homenagem a José Wilson Teixeira, 60 anos, morto por um adolescente na tarde de quarta-feira (3), durante uma tentativa de assalto, próximo ao cruzamento das ruas Álvaro Mendes e Magalhães Filho, no centro de Teresina.
Zé Wilson, como era conhecido, trabalhava como taxista e também era funcionário do jornal O DIA há 34 anos. 
Além da última homenagem, os taxistas também pretendem fazer uma carreata em protesto contra a crescente violência no Estado e a impunidade dos criminosos.
Por volta das 15h30 horas os taxistas fecharam o cruzamento da Avenida Miguel Rosa com a Rua São Pedro, provocando um grande congestionamento nas imediações.
O tráfego chegou a ficar completamente interrompido no sentido zona sul - zona norte, mas foi desobstruído assim que os taxistas iniciaram o cortejo fúnebre, seguindo o carro onde está o corpo de José Wilson, em direção ao Cemitério Jardim da Ressurreição, na zona Sudeste de Teresina.
Pedro Ferreira, presidente da Associação das Cooperativas de Táxis de Teresina, afirma que ocorreram pelo menos 26 assaltos a taxistas num intervalo de 30 dias. Com a morte de José Wilson, totalizam cinco taxistas mortos em menos de um ano.
Atualmente, a capital tem 1.546 taxistas cadastrados em sete cooperativas, e apenas uma delas possui a tecnologia do "botão do pânico", desde outubro do ano passado. Por meio do sistema é possível acionar a central da cooperativa em casos de urgência, como um assalto iminente. 
Por meio de um GPS, a central obtém a localização exata do taxista em perigo e repassa a informação para todas as unidades, bem como para a Polícia Militar. Segundo Pedro Ferreira, cada equipamento custa R$ 500 reais.
A categoria pretende se reunir em breve com representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Tribunal de Justiça para exigir mais segurança e também o fim da impunidade, sobretudo em casos de homicídio. 
Na oportunidade, os representantes dos taxistas também vão solicitar que o sistema do "botão do pânico" possa acionar diretamente o Copom (Centro de Operações Policiais Militares), sem necessidade da intermediação por parte da central de cada cooperativa.
"É mais um colega de profissão que se vai, e isso mostra o quanto a Justiça brasileira é falha", desabafou Pedro Ferreira.
Desde o ano passado, os taxistas já são orientados a não entrar em 14 bairros da cidade depois das 22 horas. 

fonte portal o dia