Carros são arrastados em pontos de alagamento e causam prejuízos
Moradores da Avenida Pedro Almeida e Rua Professor Darci Araújo, na zona Leste, relatam os contratempos que enfrentam neste período.
O mês de fevereiro tem sido bastante chuvoso q u a n d o comparado aos meses anteriores. O que para muitos teresinenses é um alívio, por amenizar o calor, para outros acaba sendo um verdadeiro transtorno. É o que garantem comerciantes e moradores que trabalham ou residem próximos a pontos de alagamento na zona Leste de Teresina.
Esses locais já são bastante conhecidos, principalmente pelos rastros de destruição que a correnteza costuma deixar. É o que acontece na Avenida Pedro Almeida, no bairro São Cristóvão. Esta via fica tomada pelas águas que leva tudo que vê pela frente. O servidor público Washington Prado reside na rua há mais de 45 anos e conta que já foram registradas muitas ocorrências no local.
A mais recente foi na última quinta-feira (16), quando uma forte chuva atingiu a Capital. “Mais de 10 carros foram arrastados pela correnteza e ficaram flutuando como se fossem isopor. Se alguém tentar passar o carro, vira, como já aconteceu, e isso com chuva de cinco minutos. Eu já ajudei pessoas que estavam se afogando; carros grandes foram arrastados e eu ajudei a socorrer”, relata o morador.
Moradores chegam a colocar barreiras físicas nos portões (Foto: Moura Alves/O Dia)
Washington Prado ressalta que os moradores já se mobilizaram e procuraram a Prefeitura para buscar alternativas que evitassem os alagamentos, mas ainda não obtiveram retorno. Enquanto isso, eles lamentam os prejuízos e transtornos, principalmente para quem tem o imóvel invadido pelas águas, como o advogado Carlos Tertu. Ele reside na Rua Professor Darci Araújo e conta que, sempre que chove, sua casa é invadida pelas águas.
“E a cada ano que passa o nível das águas vai aumentando. Na minha casa, entra água; se você está fora, não consegue entrar e, se está dentro e tem algum compromisso urgente, como tive no dia da última chuva, você não sai. Eu amanheci o dia lavando minha casa, retirando a lama que veio com a chuva. Todos os anos tem esse problema e a Prefeitura não assume as consequências sobre isso”, fala.