quarta-feira, 17 de maio de 2017

Crianças são chamadas de macacas em pizzaria no Dirceu e polícia investiga racismo

Crianças são chamadas de macacas em pizzaria no Dirceu e polícia investiga racismo


Delegado Emir Maia vai intimar proprietário de pizzaria 

A Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos investiga um suposto caso de racismo que teria ocorrido em uma pizzaria localizada na Avenida Joaquim Nelson, no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina (PI). O crime teria acontecido na noite de 29 de abril. Em depoimento ao delegado titular da especializada, Emir Maia, as vítimas contaram que o proprietário do estabelecimento chamou seus filhos e sobrinhos de macacos. 
Ao todo, seis crianças e quatro adultos teriam sido ofendidos pelo dono da pizzaria. "Fui acionado nesse caso após ver uma postagem no Facebook e chamei a família para denunciar. O pai de uma das crianças ofendidas relatou que após comerem a pizza as crianças foram brincar no playground e foram xingadas pelo proprietário", contou o delegado ao Cidadeverde.com. 
O pai de uma das crianças, que é brigadista e prefere não se identificar, disse para a polícia que além de serem chamados de macacos, os clientes que estavam com ele foram xingados de "vagabundos".
"O dono, bastante irritado, disse que as crianças pulavam como macacos e alí não era local delas. Ele se referiu a nós como vagabundos e mandou a gente ir embora. Espero que essa situação seja resolvida, pois ficamos ofendidos. Além de gastarmos nosso dinheiro, ainda fomos maltratados", lamentou a vítima. 
Outra cliente, uma vendedora que estava na mesma mesa, disse que o caso é um absurdo e ninguém merece passar por essa situação. Procurado pelo Cidadeverde.com, o proprietário da pizzaria disse ser inocente e preferiu não conceder entrevista sobre o assunto. O dono do estabelecimento informou que irá irá aguardar a intimação do delegado Emir Maia. 
As crianças supostamente ofendidas têm idade entre 2 e 11 anos. O delegado promete intimar o proprietário da pizzaria para depoimento na delegacia em breve. De acordo com Emir Maia, o caso de racismo pode implicar em prisão de 3 a 4 anos e possível cassação do registro empresarial. O crime é inafiançável. 

fonte cidadeverde.com