terça-feira, 20 de junho de 2017

João Madison cobra explicações sobre supostos grampos de deputados

João Madison cobra explicações sobre supostos grampos de deputados

Denúncia publicada por um portal de notícias informa que membros do Ministério Público teriam patrocinado os grampos.


Em pronunciamento realizado nesta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa, o deputado João Madison (PMDB) disse ter solicitado ao presidente da Casa, deputado Themístocles Filho (PMDB), que encaminhe ofícios ao Ministério Público Estadual, à Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí, ao Tribunal de Justiça e ao Comando Geral da Polícia Militar, pedindo esclarecimentos sobre denúncias publicadas num portal de notícias dando conta da suposta existência de grampos nos telefones de vários deputados estaduais.
O deputado João Madison cobrou explicações do Ministério Público (Foto: Ascom Alepi)
O parlamentar disse ter ficado surpreso com a informação de que membros do MP-PI teriam patrocinado o grampo de deputados estaduais. De acordo com a denúncia, a medida teria sido tomada em retaliação aos parlamentares, por terem aprovado, em abril deste ano, a Proposta de Emenda à Constituição 02/2016.
Conhecida como "PEC do Retrocesso", a proposta acaba com a possibilidade de os promotores de Justiça candidatarem-se ao cargo de procurador-geral de Justiça na eleição interna realizada pelo Ministério Público do Estado a cada dois anos, ficando restrito aos procuradores o direito de disputar o posto máximo da entidade.
Ainda segundo a denúncia, os grampos teriam sido realizados através do Sistema Guardião, da Polícia Militar do Piauí. “Sabemos que o sistema é operacionalizado pela Polícia Militar e queremos do comando os nomes dos policiais que o operam para nos reguardamos de alguma coisa no futuro”, afirmou João Madison.
O deputado pediu que o MP-PI manifeste-se a respeito da denúncia, e quer saber do TJ-PI se os supostos grampos foram autorizados pela Justiça, caso tenham realmente existido.
Em aparte, o deputado Severo Eulálio (PMDB) disse que apoia qualquer investigação feita pelo Ministério Público. No entanto, ele ressaltou que tais apurações devem ser feitas dentro da legalidade.
Em nota, o Ministério Público do Estado afirmou que rechaça a prática ilegal de produção de provas. "Reafirma seu compromisso de atuar em estrita observância às leis e aos princípios que regem a República, velando pelo respeito a todos os Poderes Públicos e Instituições", conclui o texto.

fonte http://www.portalodia.com