quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Explosivos usados em ataques a bancos no PI vêm de estados da região Sul

Explosivos usados em ataques a bancos no PI vêm de estados da região Sul

Uma equipe de Fortaleza encontra-se no 25 BC para uma visita de orientação técnica e fiscalização de material controlado.


O encartuchados – nome técnico das bananas de dinamite – utilizados para explodir caixas eletrônicos em agências bancárias do Piauí geralmente vêm de estados como Rio Grande do Sul e Paraná, é o que afirma o tenente Rosil, do 25º Batalhão de Construção. O 25 BC está recebendo nesta quinta-feira (14) uma visita de orientação técnica de uma equipe do Exército Brasileiro de Fortaleza, que atua justamente na fiscalização de material controlado, equipamentos de tiro e explosivos.

O tenente Rosil explica como as organizações criminosas conseguem os explosivos para ataques a bancos (Foto: Elias Fontinele/O Dia
Segundo o porta-voz do comando do Exército, esses explosivos chegam às mãos de organizações criminosas por meio do roubo de cargas. “Eles sequestram caminhões que fazem o trajeto das fábricas para as firmas que comercializam esse material. Geralmente esses encartuchados têm um Identificador Individual Seriado, que nós chamamos de IS. Quando fica alguma parte intacta que a gente consegue verificar esse número, a gente faz a rastreabilidade e os encontrados aqui no Piauí só dão para estados da região Sul. Para cá mesmo, nunca deu”, explica o tenente Rosil.
Durante a manhã, o Exército se reuniu com os órgãos de segurança do Piauí como as Polícias Civil e Militar e Polícia Rodoviária Federal para repassar orientações a respeito do uso de material controlado e planejar ações efetivas no controle dos mesmos.

Foto: Elias Fontinele/O Dia
Fiscalização
Compete ao Exército toda a fiscalização do armazenamento e manuseio de material controlado dentro do território nacional. Nas operações já feitas este ano no Piauí, pelo menos quatro firmas já foram autuadas por problemas administrativos. De acordo com o tenente Rosil, número é considerável, levando-se em conta que o Estado possui de seis a oito firmas devidamente autorizadas pelo Exército para operar.
Após ser autuada, a firma irregular pode pagar uma multa ou até mesmo ter o registro de funcionamento cassado, caso os problemas se repitam com frequência. “A fiscalização é forte, já que se trata de material controlado. O Exército cobra várias documentações, a firma que estar devidamente inscrita, o paiol tem que seguir uma série de recomendações e só aí a gente dá um parecer para a 10ª Região Militar que expede o registro”, finaliza o porta-voz do comando do 25 BC.

fonte portal o dia