Cratera na BR-343 aumenta após temporal de 5 horas em Teresina
Apesar do imprevisto, o Dnit não alterou o prazo e manteve em 15 dias a entrega da obra. 31 casas no Recanto das Palmeiras são monitoradas.
O temporal que caiu em Teresina nesta quarta-feira (04) e durou mais de 5 horas, aumentou o diâmetro da cratera da BR-343. O trecho da rodovia na entrada da Capital veio a baixo após a forte chuva da última sexta-feira (30). Apesar do aumento de cerca de dois metros no buraco, causado pela precipitação de ontem, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito) manteve o prazo de 15 dias para entrega da obra de reconstrução da rodovia.
Segundo o superintendente do órgão, Ribamar Bastos, o aumento da cratera devido ao volume de chuva já era esperado e o principal problema não diz respeito ao desmoronamento da rodovia, e sim à as famílias que vivem nas imediações e que podem ter suas casas atingidas pela força da água em decorrência do rompimento da BR.
“Estamos desviando o curso da água para o canal lateral de modo que possamos trabalhar com a parte seca. Por conta da chuva, era normal que houvesse erosão, mas ela não nos preocupa tanto no momento. O volume da água que corre por baixo da rodovia é que é muito grande e estamos estudando uma outra medida para dar vasão a ela, além da construção de um bueiro”, explicou Ribamar Bastos.
A água que corre pelo trecho desmoronado da BR-343 desagua no Recanto das Palmeiras, um dos bairros mais atingidos pelos efeitos da chuva da última sexta-feira. Com o temporal de ontem, a situação das famílias que vivem no local se agravou mais e a Prefeitura de Teresina, por meio da Defesa Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Semduh), está monitorando 31 residências.
A reconstrução do trecho afetado na rodovia é apenas uma medida paliativa, de acordo com o Dnit. A superintendência do órgão afirma que o problema de drenagem e estrutura da BR só será definitivamente resolvido com a duplicação, que segue ainda em processo de licitação para escolha da empresa que tocará a obra. A abertura dos envelopes contendo as propostas deverá ser feita na segunda semana de abril.
Caos na cidade
Não só as famílias que vivem no Recanto das Palmeiras estão sofrendo com os estragos causados pelas chuvas que caíram na Capital nos últimos dias. Na zona Leste de Teresina, os pontos de alagamento se estendem pela Avenida Nossa Senhora de Fátima, Avenida Dom Severino e Homero Castelo Branco. No bairro Morada Nova, o muro de um condomínio desabou com a força da água e há registros de uma árvore caída em uma das ruas do bairro.
Foto: Reprodução/Whatsapp
Na Universidade Federal do Piauí, além das salas de água, o Restaurante Universitário também ficou alagado. Moradores do bairro Ininga ficaram cerca de cinco horas sem energia por conta do temporal. Um raio que atingiu a rede de alta tensão do Campus Ministro Petrônio Portela, da Ufpi, ocasionou o estouro de três para-raios e deixou os prédios da Reitoria, Prefeitura Universitária, NTI, RH, Computação, Odontologia, Copese e Departamento de Anatomia sem energia. Por meio de nota, a assessoria da universidade informou que os para-raios danificados serão substituídos e que até o final da manhã a energia nestas unidades serão restabelecidas.
Quem também ainda amanheceu sem energia nesta quinta (05) foram os moradores da Rua Cineas Veloso, no bairro Morada Nova. Desde o início da noite de ontem que o fornecimento de energia na região foi interrompido. O Portal O Dia procurou a Eletrobras Piauí para se pronunciar sobre o assunto, mas até o momento não houve retorno.