Cortes ameaçam o funcionamento da UFPI até o final do ano, alerta reitor
Contingenciamento bloqueou R$ 33 milhões, sendo a maior parte referente ao custeio e manutenção da instituição de ensino
Com o bloqueio de 30% dos recursos restantes previstos para 2019, o funcionamento da Universidade Federal do Piauí até o fim deste ano letivo poderá ser comprometido. Os cortes somam R$ 33 milhões, sendo a maior parte referente ao custeio e manutenção da instituição de ensino. Nesta terça-feira (07/05), o reitor Arimatéia Dantas Lopes concedeu entrevista coletiva e afirmou que um dos efeitos imediatos do contingenciamento será o corte de 40% do pessoal terceirizado.
— É algo inadmissível e inadministrável (...) Não temos mais de onde tirar recursos, de onde fazer ajustes, estamos poupando ao máximo — disse.
Apesar dos cortes, o reitor disse que no momento não há previsão de cortes de nenhum tipo de bolsa, mas admitiu que os ajustes de uma forma ou outra vão interferir nas atividades acadêmica.
— Estamos fazendo ajustes, mas se for concretizado esse bloqueio, a universidade vai ficar sem funcionar até o final do ano — informa o reitor.
A principal dificuldade será honrar os compromissos para pagamento das contas de água, energia e fornecedores. Afeta também despesas com manutenção de equipamentos, transporte, limpeza e serviços de vigilância. Os valores bloqueados pelo Ministério da Educação representam cerca de 50% dos recursos previstos para os meses de maio a dezembro.
Hoje a UFPI oferece 84 cursos presenciais, 15 de ensino a distância, 46 cursos de pós-graduação em nível de mestrado, 19 doutorados e 23 residências médicas, além de 11 residências multiprofissionais. Sua comunidade acadêmica é de 45 mil pessoas, sendo mais de 4 mil alunos assistidos por programas de bolsas institucionais.
