Piauí confirma primeira morte por Febre do Nilo Ocidental no Brasil
Paciente tinha 71 anos e faleceu em Piripiri em 2017, mas só agora a causa da morte foi confirmada pela Sesapi. Estado já registava outros dois casos.
Foi confirmada na manhã desta quarta-feira (24) a primeira morte de um paciente por Febre do Nilo Ocidental no Piauí. Trata-se, também, do primeiro óbito em decorrência da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A paciente, uma idosa de 71 anos, estava internada no Hospital de Piripiri e faleceu em 2017, mas só agora a causa de seu óbito foi atestada e confirmada pelos órgãos de saúde.
Além desta senhora, o Piauí possuía ainda mais dois registros da Febre do Nilo Ocidental: um caso em 2014, de um vaqueiro em Aroeiras do Itaim; e um outro caso em 2017, de um jovem em Picos. Estes dois pacientes seguem em tratamento.
O diretor de Atenção Especial da Secretaria de Saúde, Hérlon Guimarães, explica que a morte por Febre do Nilo Ocidental sói foi constatada agora, dois anos depois do óbito, porque o laboratório de vigilância nacional está revisitando os casos para confirmar as doenças que circulam pelo Estado e pela região Nordeste.
Hérlon Guimarães, diretor de Atenção Especial da Sesapi - Foto: O Dia
“Essa pessoa que esteve doente em junho de 2017, que foi o terceiro caso confirmado e que veio a óbito, ela não tinha só a Febre do Nilo Ocidental. Tinha também outras doenças associadas e o vírus acabou por agravar mais ainda sua situação, principalmente quando observado o quadro de hipertensão que ela já possuía”, discorreu.
Hérlon lembra que a Sesapi, bem como os laboratórios do Ministério da Saúde estão cientes da situação reitera que os órgãos estão atuando no sentido de prevenir novas ocorrências da doença. Ele faz um apelo: “Existe este vírus no Piauí, no Ceará, no Maranhão, no Rio Grande do Norte. Ele é transmitido por um inseto, então pedimos que as pessoas mantenham seus ambientes domésticos limpos”.
A Febre do Nilo Ocidental
A Febre do Nilo Ocidental é uma doença transmitida por vírus aos seres humanos por meio do inseto Culex (pernilongos e muriçocas, por exemplo) que esteja infectado. Vale lembrar que os insetos são hospedeiros. Eles não geram o vírus, mas apenas são contaminados por picarem animais infectados e até mesmo seres humanos infectados. Dentre os sintomas da doença destacam-se dores de cabeça e febre.