A 14ª Promotoria de Justiça ofereceu denúncia contra o policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, indiciado pela Polícia Civil por homicídio do técnico em radiologia Rudson Vieira Batista [foto acima].
O PM é suspeito de atirar em Rudson em uma casa de shows na zona Norte de Teresina. Em audiência de custódia após o ocorrido, o policial foi liberado mediante ao cumprimento de medidas cautelares. Dias depois de ser baleado, o técnico em radiologia morreu em um hospital da capital.
Na denúncia ofertada à Justiça na última terça-feira (17) o promotor Ubiraci Carvalho se manifestou favorável à prisão preventiva do policial militar. A ação foi distribuída para a 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri e a juíza ainda não se manifestou sobre.
O 9º Distrito Policial indiciou Max Kellysson por homicídio qualificado por motivo torpe. A advogada da família de Rudson, Ravennya Moura, conta que o inquérito levou em consideração a "repercussão" que o caso ganhou e a "periculosidade do PM".
Relatos de testemunhas afirmam que o PM atirou em Rudson após o técnico em radiologia reclamar que ele estava assediando várias mulheres na festa. Uma mulher teria, inclusive, relatado a um segurança da casa de shows que estava sendo assediada.
Foto: Cidadeverde.com
"O Rudson morreu porque foi defender mulheres de assédio, de importunação sexual, o que hoje quase ninguém faz. É um inquérito muito bem fundamentado. A periculosidade é porque ele é PM, tem porte de arma e praticou o crime em um lugar que tinha muita pessoas e o tiro poderia ter pego em outras pessoas", afirma a advogada.
A advogada espera que a juíza receba a denúncia e a acate o pedido de prisão preventiva contra o policial. "Ele cometeu um crime e está seguindo a vida normalmente. Fica uma sensação de impunidade",critica a advogada.