segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

conselheiro defende investigação para descobrir quem vazou informação do TCE

"O que não foi correto foi no dia seguinte a imprensa estar aqui. Os portais estarem mencionando"


Trecho de fala de conselheiro ditaria o que é correto ou não a imprensa divulgar. "É um processo chato", falou
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_Conselheiro Jaylson Campelo
_Conselheiro Jaylson Campelo (Foto: Divulgação).
É JORNALISMO, NÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA
O conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) Jaylson Campelo condenou o suposto vazamento de informações relacionadas ao processo que coloca sob suspeita a atuação do colega, também conselheiro, Luciano Nunes, quando da atuação deste naquela Corte, ao analisar processos do governo estadual. Nunes é alvo de um pedido de impedimento.
"O sigilo foi uma providência da presidência e eu quero dizer que foi correto. O que não foi correto foi no dia seguinte a imprensa estar aqui. Os portais estarem mencionando. E acho que o Tribunal deveria tomar uma providência para verificar de onde partiu a divulgação. Não é para que fique escondido o que está dentro do processo. Não é isso. É um processo chato e que o bom senso manda que ele corra dentro do Tribunal sem qualquer exposição a quem quer que seja. É isso. É para não expor", defendeu Campelo. 
O sigilo caiu. No caso em tela é difícil ele não vir a público. É isso que diferencia jornalismo de assessoria de imprensa.
O próprio conselheiro Campelo votou pela queda do sigilo do processo, visto que já teria vazado as informações. 
O relator do caso é o conselheiro Olavo Rebelo.
"EU NÃO ESTOU FUGINDO DA POLÍCIA"
Quando da votação da queda do sigilo, na última semana, o conselheiro Luciano Nunes, alvo de representação do Palácio de Karnak, fez uma breve manifestação.
"Eu quero me manifestar. Eu acho que eu sendo réu num processo... eu não estou fugindo da polícia, não estou me escondendo, não estou com vergonha de nada. E se estão me acusando de alguma coisa, se eu sou suspeito, eu quero que mostrem para a sociedade toda porque que eu sou suspeito. Agora, fazer um processo, deixar uma expectativa numa sociedade todinha, dizendo que eu estou sendo, aqui discutido, o meu comportamento aqui no Tribunal, e pedir sigilo ainda, quer dizer, isso é uma coisa que enseja muita dúvida. Fica todo mundo: por que sigilo? Por que sigilo? Eu não quero sigilo. Eu quero que seja discutido às claras o processo, do que eu estou sendo acusado. Pronto. Eu não vejo razão para ser sigiloso. Sigiloso é uma maneira do cara botar uma espada de damas no pescoço do inocente e ficar de fora dizendo: 'eu vou deixar constranger, gerar esse constrangimento'. Na minha opinião, na condição de réu, eu acho que o processo deve ser aberto".
O membro do TCE é pai do ex-candidato ao governo do estado Luciano Nunes.

fonte 180graus.com