Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Os profissionais de Enfermagem da Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciaram nesta terça-feira (28) uma nova paralisação de advertência para cobrar a inclusão da categoria no reajuste de 10,5 % concedido aos demais servidores municipais. A paralisação foi iniciada às 7h da manhã e deve seguir até a quarta-feira, atingindo, segundo os profissionais, diversos setores, como atendimentos em UBS e os postos de vacinação contra covid e gripe.
Por meio de nota, a FMS informou que vacinação não foi impactada por causa do movimento de paralisação. (Veja a íntegra da nota abaixo)
Os enfermeiros realizam na manhã desta terça-feira um ato em frente ao Palácio da Cidade, no Centro de Teresina.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Piauí (Senatepi), Erick Ricelly, destacou além da categoria não ter sido gratificada com o reajuste linear, a atual gestão realizou cortes do valor da insalubridade e do plantão dos profissionais.
“Desde o primeiro dia da gestão que a gente vem sofrendo sucessivos ataques. Primeiramente foi o corte da insalubridade em plena pandemia, isso foi público e notório para todo mundo, depois o corte do valor do plantão que era pago desde antes da pandemia, só que quando entrou a atual gestão, cortou o nosso plantão para menos de 1/3 desse valor. Depois disso tivemos agora o reajuste linear”, explicou o presidente do Senatepi.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Erick Ricelly ressaltou ainda que outras categorias excluídas foram beneficiadas com os reajustes nas gratificações, porém ele afirma que nem isso os profissionais de Enfermagem receberam.
“Para outras categorias que ele também excluiu, ele concedeu reajuste nas gratificações, então por quê excluir a gente também das gratificações? A gente ver que é uma coisa praticamente pessoal, uma coisa específica contra a nossa classe, porque para nós fomos excluídos de tudo”, acrescentou Erick Ricelly.
O presidente do Senatepi pontou ainda que já foi realizada uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) com o desembargador Ricardo Gentil, para discutir uma proposta apresentada pela Prefeitura, mas que não houve diálogo em cima disso entre os órgãos.
“O próprio desembargador buscou uma mediação porque a Prefeitura veio com uma proposta de parcelar esse reajuste em 4 vezes. Como ele concede para todo mundo de uma única vez e pra enfermagem parcelado? Então o desembargador sugeriu, haja visto que era uma audiência de conciliação, que se enxugasse essas parcelas em três, só que não há qualquer diálogo com essa atual gestão”, destaca.
Erick Ricelly informou que se não houver nenhuma medicação ou retorno da Prefeitura de Teresina, a categoria pode grevar por tempo indeterminado.
Nós temos uma audiência prevista para acontecer no Cejusc, esperamos que a gente saia de lá com uma construção para gente não precisar dessa greve. Então essa paralisação é justamente para deixar claro que se não dialogarmos, se a Prefeitura não sentar, nós vamos grevar sim por tempo indeterminado”, esclarece.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
O que diz a FMS
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) disse que 10 categorias, incluindo a Enfermagem, já estão recebendo aumento progressivo desde 2019 e que por isso não vão entrar no aumento de 2022.
Confira nota:
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina informa que 10 categorias já estão recebendo aumento progressivo desde 2019, depois de acordo entre elas e a prefeitura. Recebem semestralmente aumento, que varia de 42% a 54%. Portanto não vão entrar no aumento para os demais servidores que aconteceu no ano de 2022. As categorias já contempladas com aumento desde 2019 são: farmacêuticos, bioquímicos, veterinários, analistas de sistema, auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e nutricionistas.
Em relação a campanha de vacinação contra Covid-19 e gripe que acontece em diversos pontos de Teresina, o Senatepi falou que a orientação é paralisação das atividades e da realização de testes de Covid nas UBS. O sindicato destacou que apenas nos hospitais de urgência o serviço continua sendo realizado.
A FMS pontuou que até o momento a vacinação não foi impactada.