O delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do DHPP, explicou que a presa é envolvida em um duplo homicídio e um outro homicídio em Teresina.
Iasmin Soares Avelino dos Santos, a quarta pessoa presa por envolvimento no assassinato do empresário Rafael Soares, é acusada de três homicídios. Ela se entregou no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quinta-feira (13) e era responsável por realizar a filmagem do empresário para a quadrilha.
Pelo menos oito pessoas participaram do latrocínio e outras três foram presas nos últimos dias. Em entrevista ao Meionorte.com, o delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do DHPP, explicou que a presa é envolvida em um duplo homicídio e um outro homicídio em Teresina.
“Ela é aquela pessoa que atrai as vítimas para o ‘cheiro do queijo’. Ela tem participação em um duplo homicídio, em um homicídio e agora nesse latrocínio que Rafael foi a vítima. Nesse latrocínio ela fotografou a casa dele, em alguns locais, seguia ele e ela inclusive participou da reunião no dia que eles estavam planejando executar o crime”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, Iasmin Soares Avelino dos Santos ainda se intitulou facionada pelo ‘Bonde dos 40’. Ela já estava sendo procurada e havia sido vista ontem no Bela Vista, na zona Sul de Teresina. Já por volta das 10 horas da manhã de hoje, ela se entregou no DHPP na companhia de um advogado.
“Ela se apresentou porque estava sendo caçada. Ela estava cercada. Todos eles vão ser presos. Em 24 horas identificamos parte da quadrilha e hoje temos toda a associação identificada. Vai ser preso um a um. Todos vão ser presos e agora eles vão dizer como vai ser”, garantiu o delegado.
Os demais envolvidos foram identificados e seguem foragidos. Eles são: Leonardo, vulgo “Nanô”: executor da ação junto Geovane no dia do crime;Edmundo: tentou vender o Ipad roubado de Rafael Soares ; ‘Tropical’: Ele seria responsável por receber os carros roubados pelo grupo e os clonar, residente em São Luís, Maranhão.
Homem próximo ao empresário passava informações para a quadrilha
O DHPP identificou ainda mais uma pessoa ligada à morte do empresário Rafael Soares Sousa, durante as investigações do caso. Em entrevista ao Meionorte.com, o delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do DHPP, explicou que há um indivíduo que era próximo do empresário, onde até chegou a trabalhar para ele, que repassava informações privilegiadas para o grupo criminoso.
Segundo o delegado, a quadrilha obteve a informação de que Rafael Soares estaria com R$ 30 mil em uma mochila, mas os bandidos queriam também seu veículo Corolla e um caminhão que ele tinha.
“Nós estamos investigando e no processo, todos os elementos levaram ao assalto que resultou na morte da vítima. Nós fizemos todo o encadeamento e então a gente chegou ao indivíduo que estava dando informações privilegiadas; a pessoa trabalhava com ele, com intermediação da venda de gado e essa pessoas sabia de informações dele. Eles tinham a informação de que Rafael estaria com R$ 30 mil na mochila no dia, mas eles queriam o carro mais o caminhão que ele tem. Essa pessoa trabalhava com ele, sabia dos passos dele, da movimentação”, disse o delegado.
O coordenador do DHPP pontuou ainda que o grupo já havia realizado outras investidas contra o empresário, mas sem sucesso. Ainda de acordo com o delegado, todas as provas estão sendo colhidas para encaminhar para o judiciário, onde todos os envolvidos devem responder pelo crime de latrocínio.
“Eles fizeram duas investidas, mas não deu certo. Na terceira, quando eles foram abordar, Rafael Correu e Geovane atirou de dentro do carro. Eles conseguiram levar a mochila. Nós identificamos toda a associação criminosa, sendo direta e indiretamente nesse assalto. Estamos prendendo um a um e legitimando as provas, para quando formos encaminhar para o Poder Judiciário, tenha robustas para a denúncia. Esse fato tinha que ser esclarecido e esclarecemos. Uma investigação criminal qualificada, onde o delegado Danúbio Dias que está presidindo. Todos responderam pelo crime de latrocínio, a jusrisprudência é clara. Eles tinham a previsibilidade de acontecer o resultado morto”, finaliza Baretta.
O crime
O empresário Rafael Soares Sousa, de 25 anos, foi assassinado na manhã do dia 26 de setembro, no bairro Lourival Parente, na zona Sul de Teresina. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele já estava sendo monitorado pelos criminosos.
O crime foi um latrocínio, roubo seguido de morte. Os bandidos inclusive já tinham fotos da residência da vítima. Rafael chegou a ser socorrido ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas faleceu.
fonte www.meionorte.com