O senador Ciro Nogueira descartou a adesão do Progressistas (PP) ao governo do presidente Lula e fez projeções para a oposição. Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta segunda-feira (10), o parlamentar piauiense afirmou que hoje o melhor nome para disputar a eleição contra a atual gestão é o do governador de São Paulo,Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ciro também se colocou como opção para compor a chapa presidencial na condição de vice de Tarcísio.
Quando questionado sobre rumores de um possível embarque do PP no governo com a indicação para ministérios, Ciro Nogueira foi enfático ao dizer que a sigla permanecerá na oposição. Por sua vez, o mandatário admitiu que alguns membros podem tomar uma decisão individual contrária à orientação partidária.
“Defendo e enquanto eu estiver presidente do partido, o PP jamais vai apoiar o governo do presidente Lula, não existe essa possibilidade. Agora não posso proibir e evitar que algum membro do partido seja escolhido pelo presidente, mas isso nunca em nome da maioria do partido, que é de oposição”, garantiu o senador, que avalia a dificuldade do governo em formar maioria no Congresso Nacional.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
A decisão de Ciro Nogueira passa pela estratégia eleitoral para 2026. O parlamentar entende que a oposição precisa construir uma candidatura de centro para conseguir se sair vitoriosa nas urnas. Neste sentido, aponta Tarcísio de Freitas como principal opção para pleito por, neste momento, reunir as condições necessárias para a próxima disputa presidencial.
“Tem tudo para ser o Tarcísio o nosso candidato. Acredito nisso. Sempre coloco que em política você tem que colocar o melhor candidato e o melhor candidato hoje é o governador de São Paulo. O Tarcísio é quase uma unanimidade hoje em São Paulo, no interior ele já beira 90% de aprovação”, avaliou o progressista.
Já sobre seu futuro político, Ciro Nogueira pontuou estar realizado e já ter chegado ao ápice da carreira, após ter sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como ministro-chefe da Casa Civil. Ele lembrou que nas próximas eleições completará 32 anos de mandato e deixou em aberto a possibilidade de disputar a reeleição, o Governo do Piauí ou compor como vice-presidente na chapa encabeçada por Tarcísio de Freitas.
“Já sou um homem realizado. Para ser sincero, tenho frustração por não ter feito mais pelo piauí. Posso não ser candidato se a população achar que não devo ser candidato, isso é uma decisão do povo do Piauí. Posso ser candidato a vice-presidente da República, ao Senado ou a governador do Piauí. É uma decisão que cabe a muita população e aos líderes. Não sou homem de fugir de desafios não”, concluiu o parlamentar.
