quarta-feira, 5 de julho de 2023

Diretor-presidente da ADH explica o novo Minha Casa, Minha Vida e quem pode se inscrever

 Edilson comentou as novas regras do programa e respondeu questionamentos da população

O diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), Carlos Edilson, falou nesta quarta-feira (10) e conversou sobre o programa Minha Casa, Minha Vida, que foi retomado no Piauí. O programa passou por algumas mudanças, como a ampliação da inclusão da locação social, o retorno da faixa 1 e entre outros.

Edilson comentou as novas regras do programa e respondeu questionamentos da população sobre quem pode ser contemplado. Ele explicou que o projeto está na fase de contratação de construtoras para realizar os projetos das unidades habitacionais, que vão ser financiados pela Caixa. Ele detalhou que existem exigências para a escolha dos projetos como a localização, que devem ser próximas de escolas, postos de saúde e ter infraestrutura para que a pessoa permaneça no local.

 

Diretor-presidente da ADH-PI, Carlos EdilsonAnna Paula Couto/ A10+

 

O Governo Federal também anunciou que a meta é que até o fim de 2023 sejam contratadas 3,5 mil unidades habitacionais para o Estado

Segundo o presidente da ADH, as prioridades do programa nesse início são as pessoas inscritas no Cadastro Único, que recebem o Bolsa Família, pessoas que recebem o BPC/LOAS, idosos, entre outros. Os dados vão ser cruzados para analisar as pessoas que ainda não possuem imóveis, para que a distribuição seja mais eficaz. 

“Nesse primeiro momento vamos levar em consideração o Cadastro Único (CadÚnico) que lá já existe todas as informações pertinentes. Nesse primeiro momento, a tendência é absorver o público do Bolsa Família, as inscrições estão lá, e também a gente precisa ter um cuidado muito forte para que aconteça o que já fizeram anteriormente, de pessoas que receberam o benefício da unidade habitacional e usaram para alugar. No CadUnico a gente pode fazer esse cruzamento de maneira mais eficaz”, explicou. 

Como fazer a inscrição?

Carlos Edilson  explicou que nesse primeiro momento somente as pessoas que recebem o Bolsa Família e o Loas estão inscritos no programa Minha Casa, Minha Vida e, se contemplado a pessoa será chamada para receber a Unidade Habitacional. Ele também citou que serão 100% financiadas, ou seja, não vão pagar nenhum valor de prestação.

“Nesse primeiro momento, os integrantes do Bolsa Família que receber a Unidade Habitacional eles não irão pagar nada. Será 100% financiada”, destacou. 

A orientação para as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade e se encaixam nas regras do programa, mas não estão inscritas no Cadúnico é para procurar o Cras de sua região. Lá elas vão ser auxiliadas e inseridas no programa.

Início das obras

O diretor-presidente da ADH comentou os prazos para o início das obras. Segundo ele, devem iniciar no segundo semestre de 2023. Ele também destacou que o compromisso do programa é diminuir o défict habitacional no Piauí.

 

Carlos Edilson, diretor-presidente da ADH-PI, em entrevista ao Bancada PiauíAnna Paula Couto/ A10+

 

“Que a gente possa com isso, não sanar o déficit habitacional, mas diminuir e levar esse tão sonhado direito a maior quantidade de piauienses possíveis”, disse. 

O presidente finalizou alertando para a população que não caiam em golpes de pessoas cobrando taxas para realizar o cadastro do “Minha Casa, Minha Vida” e reforçou que o programa não cobra taxas para realizar a inscrição. 

Novas Regras:

Uma das principais novidades do Minha Casa Minha Vida em 2023 é o retorno da Faixa 1, agora voltada para famílias com renda bruta de até R$ 2.640,00. A ideia agora é de que 50% dos imóveis financiados e subsidiados sejam destinados para famílias com essa renda.

A divisão de acordo com faixas de renda ficou assim:

  • Faixa Urbano 1– renda bruta familiar mensal até R$ 2.640; (Segundo o presidente do ADH, é a prioridade nesse primeiro momento)

  • Faixa Urbano 2– renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400;

  • Faixa Urbano 3– renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000.

Já no caso das famílias residentes em áreas rurais, a divisão por faixas de rendas será:

  • Faixa Rural 1– renda bruta familiar anual até R$ 31.680;

  • Faixa Rural 2– renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800;

  • Faixa Rural 3– renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000.

 Edilson explicou que para as pessoas com renda maior que querem participar do programa, as construtoras vão lançar novos empreendimentos com a sinalização do programa - com descontos diferenciados. Além de inscrições para o programa que vão ser abertas posteriormente.


Fonte: Portal A10+