A tia da menina chegou a ser presa como principal suspeita do crime e, segundo delegado, ela teria omitido a informação para proteger a filha
A Polícia Civil do Piauí deve concluir as investigações em torno da morte de Maria Eduarda Vitória de Sousa Oliveira, de 5 anos, nos próximos dias. O caso, que pode ter uma reviravolta, aconteceu no mês passado na cidade de Uruçuí, no Sul do Estado. A criança morreu com sinais de espancamento.
Em entrevista ao portal, o delegado Marcos Halan, que preside o inquérito, informou que a tia da criança, Jéssica Pais, foi presa como principal suspeita do crime. Porém, há indícios que a filha dela, uma adolescente de 14 anos e prima de Maria Eduarda, teria sido a responsável pela morte da menina.
“A gente tem essa vertente e ela pode ser a suspeita. Ela (tia) deu uma versão contraditória na segunda. Ela fez de tudo para proteger a filha (no depoimento) e na segunda ela falou a verdade, que coincide com a investigação. Ela (adolescente) ainda não foi ouvida, só familiares. A previsão que se encerre é na outra semana (o inquérito)”, explicou o delegado.
Para a reportagem, Marcos Halan disse que o laudo pericial, que já está incluso no inquérito, apontou traumatismo craniano e manchas pelo corpo da menina, reforçando a hipótese de maus-tratos. Outra criança, que seria irmão de Maria Eduarda, também apresentava sinais de maus-tratos.
Estava em abrigo de Goiás
A menina morava com a tia há três meses porque a mãe estava internada em um hospital psiquiátrico de Goiás, onde a criança estava em um abrigo com o irmão. Após seu falecimento em Uruçuí, foi descoberto que os dois foram entregues para os cuidados da tia de forma ilegal.
A diretora do abrigo, que não teve a identidade revelada, foi presa suspeita de encaminhar, ilegalmente, crianças e jovens para famílias substitutas sem autorização judicial. Ela ainda é investigada por suspeita de desviar doações que foram feitas para o abrigo. Em Goiás, a polícia deu cumprimento a mandados de busca e apreensão na casa dela e no abrigo.
Fonte: Portal A10+ com informações da Polícia Civil