segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Polícia Militar do Piauí não reconhece erro em abordagem a veículo de aplicativo com família a bordo

 


Em um incidente recente, a Polícia Militar do Piauí realizou uma abordagem a um veículo de aplicativo que transportava um casal e duas crianças. A ação foi conduzida pela equipe da RONE (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) e gerou controvérsias após a divulgação do caso. A corporação, no entanto, defendeu a operação, alegando que todos os procedimentos adotados estavam em conformidade com os protocolos de segurança.


Em resposta às críticas e questionamentos sobre a abordagem, a Ouvidoria Setorial da Polícia Militar do Piauí divulgou uma nota explicando que a ação foi realizada "dentro dos procedimentos operacionais padrão da corporação e em conformidade com a legislação vigente". A nota enfatizou que a atividade policial exige um certo grau de discricionariedade, permitindo que os agentes tomem decisões rápidas e adequadas conforme a situação.


"A flexibilidade na ação é essencial para que a polícia possa responder de forma ágil e eficaz a situações diversas e imprevisíveis", afirmou a Ouvidoria. Segundo a corporação, no caso específico, os agentes da RONE consideraram que as medidas adotadas eram as mais adequadas para garantir a segurança de todos os envolvidos, incluindo o casal e as crianças que estavam no veículo.


A Polícia Militar também destacou a importância das abordagens policiais como ferramenta de combate à criminalidade e garantia da segurança pública. "Essas ações são necessárias para prevenir atividades ilícitas e proteger a população", concluiu a nota.


A resposta da corporação, porém, gerou questionamentos sobre o uso do corporativismo dentro da Polícia Militar do Piauí. Críticos apontam que, ao não reconhecer possíveis falhas ou excessos na ação, a corporação reforça uma postura de defesa institucional que pode afastar a confiança da população em situações de abusos ou equívocos cometidos por agentes de segurança.


Embora a Polícia Militar tenha se colocado à disposição para fornecer mais informações e esclarecer dúvidas, a falta de um reconhecimento de qualquer erro na abordagem levantou dúvidas sobre a transparência e a responsabilidade em casos de abordagens sensíveis, especialmente envolvendo famílias e crianças.