Sogro confirma que recebia R$ 100 para guardar itens desviados do TJ
Polícia Civil divulgou vídeos com trechos do depoimento de João José, sogro do subtenente acusado de desviar os produtos.
Vídeos divulgados pela Polícia Civil do Piauí no final da tarde desta quarta-feira (15) mostram trechos do depoimento de João José das Mercês, sogro do subtenente Givaldo Araújo da Silva. Ambos foram presos com mais três pessoas na Operação Depeculatus, deflagrada na segunda-feira. No diálogo com a polícia, o sogro revela que recebia R$ 100 para guardar os produtos desviados do Tribunal de Justiça.
"Quando ele vinha, me dava 100 (reais)", confirmou João José quando perguntado por policiais sobre quanto recebia para guardar o material trazido pelo genro, que chefiava o depósito judicial do bairro Redonda, zona Sudeste de Teresina.
Nos trechos divulgados, apesar de querer dar a entender que não sabia de nada, João José se contradisse ao confirmar códigos usados por telefone com o subtenente. Perguntado sobre o que era o "pretinho", o sogro confirmou que se tratava do café. Dez pacotes de branquinho era o mesmo que resmas de papel. Já "aquele bicho branco" era uma "geladeirinha", como disse o próprio suspeito.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
João José narrou que Givaldo começou a levar coisas para sua casa, como papel higiênico e outros itens. O sogro confirmou que o genro sempre chegava por volta de 14h, em um carro "branquinho fechado", "no carro da empresa que ele trabalha, do Tribunal".
O transporte dos itens do depósito já aconteceria há mais de seis meses, segundo João José. Acusado de fazer parte do esquema, o sogro disse que não sabia do que se tratava e falou para o subtenente que não queria confusão.
fonte cidadeverde.com