Apesar do aumento das mortes, Piauí é o 3º menos violento do Nordeste
8º Anuário do Fórum Nacional de Segurança Pública mostra ainda que a população parda é a que possui maior número de vítimas da violência.
8º Anuário do Fórum Nacional de Segurança Pública, divulgado ontem (11), aponta que o Piauí tem a menor taxa de homicídios do Nordeste e está avaliado como o terceiro estado com a menor taxa de homicídios do Brasil. Os dados foram processados pelo Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública (Sinesp) e pelo Datasus do Ministério da Saúde.
De acordo com a publicação, a taxa de homicídios do Piauí é de 15,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Nos vizinhos estados do Maranhão e Ceará, as taxas de homicídios para grupo de 100 mil pessoas é de 22,8 e 47,1, respectivamente.
Em contrapartida, o número de crimes violentos letais intencionais, que agrega as ocorrências de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, subiu nos últimos cinco anos. Em 2009, foram registrados apenas 276 crimes do tipo. Já em 2013, o número pulou para 553.
Mortes por agressão também subiram. Em 2009, foram registradas 398 mortes, contra 609 em 2013.
Foto: Jailson Soares/O Dia
Anuário aponta que a taxa de homicídios no Piauí é de 15,9 para cada 100 mil habitantes
De acordo com o delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, dados positivos apontam o Piauí em situação de destaque pelos baixos índices de violência no enfrentamento à criminalidade se comparado com os demais estados da Federação.
Para o secretário de segurança do Piauí, Luís Carlos Martins, a situação de violência é uma realidade em todo o Brasil e não é pontual no Piauí. “É uma realidade brasileira. Mesmo assim, os dados indicam o Piauí como o terceiro menos violento do país, o que é bom”, coloca.
De acordo com Luís Carlos, há fatores significativos que marcam o problema da violência no Piauí e em todo o Brasil. Segundo ele, combater a violência é, sobretudo, combater as raízes que são responsáveis por ela.
“Falta uma estrutura familiar melhor. Há desigualdade social, que é crescente e preocupante, além do tráfico de drogas. Tudo isso é bastante complicado para todos e está diretamente ligado ao aumento de casos violentos. O Brasil é o único país em que se fala de uma polícia na escola, há coisas bem complicadas”, afirma o secretário.
fonte portal o dia