Policial refém relata momento de assalto em Jaicós
A quadrilha explodiu o Banco do Brasil da região e fez PMs reféns.
Durante o assalto ao Banco do Brasil que aconteceu na madrugada desta terça-feira (04), no município de Jaicós, três policiais militares que estavam na cidade foram feitos reféns pelos assaltantes. O carro da polícia ainda foi atingido com vários tiros.
Um dos policiais reféns, o cabo Rubens Batista, relatou com detalhes a ação da quadrilha. " Graças a Deus estou vivo! Graças a Deus! Foi muito agoniante tudo isso. Eles atiravam contra a viatura no lado do motorista, dois tiros foram disparados um de cada lado do carro e eu estava bem no meio", conta.
Foto: Cidades na Net
Um dos policiais perdeu o controle da viatura e acabou colidindo em um muro próximo ao banco. Os policiais foram obrigados a deixarem as armas e ficaram encostados na parede enquanto o Banco era explodido. "Eles diziam que só queriam o dinheiro do Governo e que não seríamos mortos. Pediram nossas armas, mas dissemos que íamos pagar por elas e eles não levaram. Liberaram o armamento após o assalto, ainda bem!", disse Ruben.
Os três policiais foram feitos de escudo enquanto os quatro homens fortemente armados deixavam o local com dinheiro. " Quando eles foram saindo, foi muito tiro e nós ficamos na frente deles e gritávamos para que os outros policiais da cidade não atirassem, pois eramos PMs. Depois desse sufoco, ainda fui colocado no capô do carro", conta o cabo.
Enquanto fugiam da cidade, os policias foram colocados no carro e o grupo seguia em alta velocidade por Jaicós no sentido rumo ao município de Paulistana. O cabo Ruben diz que foi por pouco que eles não morreram. "Eu quase caí do capô do carro, pois eles estavam indo muito rápido e passaram por um 'quebra-molas'. Me soltaram em frente a um posto de gasolina e me mandaram correr e a arma também foi deixada no local", relata.
Os quatro assaltantes estavam fortemente armados. Metralhadoras potentes, encapuzados, coletes, jaquetas e, segundo o policial, pareciam ser do estado do Pernambuco. "Ele sempre ficava com o celular no ouvido se comunicando com os outros e tinham um sotaque arrastado e provavelmente pernambucano", falou Ruben.