O diretor da perícia técnico científica do Instituto de Medicina Legal do Piauí (IML), o médico legista Antônio Nunes, informou no início da tarde dessa terça-feira (5) que a ossada encontrada ontem na zona Sul de Teresina é de uma mulher. Inicialmente, acreditava-se que o crânio encontrado fosse de uma criança, pelo seu tamanho reduzido.
"Fizemos os exames nos ossos da pélvis e do crânio e constatamos que são de uma mulher, jovem, mas que apresenta as cartilagens já fechadas. Elas se fecham entre os 17 e 19 anos. Então ela deveria ter de 17 a 30 anos e altura mediana entre 1,50m e 1,60m", declarou.
Quanto à causa da morte, o diretor informou que foram encontradas marcas nos ossos que podem identificar morte violenta. Contudo, ainda serão realizados exames complementares. Os testes de identificação deverão ser feitos pelo DNA, porque não há dentes no crânio da vítima.
O IML pede que qualquer pessoa que tiver parentes ou amigos desaparecidos que procure o Instituto. "Mesmo que a pessoa desaparecida não tenha esse perfil, pedimos que venha até aqui. Temos muitas outras ossadas, de pessoas com diversos perfis. As pessoas podem vir saber se por acaso é a pessoa de sua família que desapareceu", informou.
Quanto aos ossos encontrados ontem, o IML tem 10 dias para concluir o laudo que vai determinar mais precisamente o perfil da vítima e a causa da morte.
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Parte de uma ossada, provavelmente humana, foi encontrada em um matagal no Parque Industrial, Zona Sul de Teresina. Uma pessoa que passava pelo local encontrou os restos mortais no fim da tarde de ontem (4) e acionou a Companhia Independente do Promorar.
"Ele achou um crânio e acionou a PM, nós acionamos a perícia, que recolheu parte da ossada ontem e hoje retornou ao local e recolheu costelas e fêmur", disse o tenente Gerson Santana, da Cia Independente do Promorar.
O local fica a cerca de 500 metros da BR-316. Ainda de acordo com a PM, peritos informaram que a vítima pode ser uma criança com idade entre 11 e 12 anos e que teria vindo a óbito há cerca de dois anos.
"A perícia informou que pode se tratar de uma criança, pelo tamanho do crânio", acrescentou o tenente.
O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, conta que ainda não é possível afirmar se a vítima teria tido morte violenta.
"A delegacia fez o o atendimento no local e foram requisitados exames cadavérico e do local do achado. A ossada humana terá que ser reconstituída, para saber se todos os ossos do corpo estão completos, entre outros detalhes. Será observado também se há sinais de morte violenta, pois mesmo só com a ossada, o crime deixa suas marcas, não acaba. Aparentemente, trata-se de uma ossada humana, mas só o Instituto Médico Legal poderá confirmar. Não sabemos ainda se a pessoa teve morte violenta. O IML vai nos dar a resposta. Até agora não recebemos nenhum comunicado de desaparecimento. Todas as providências cabíveis já foram tomadas pela Delegacia de Homicídios, Instituto de Medicina Legal e Perícia Criminal", explica Baretta.
O delegado acrescenta que o resultado dos laudos deve sair em 10 dias, mas que pode haver dilação de prazo. Informações como o sexo e a idade da vítima, quando ocorreu a morte serão apontados nos exames.
fonte cidadeverde.com