Fotos: Paulo Barros/CCom
Com programação que inicia no próximo sábado (30) e vai até o dia 8 de dezembro, a Expoapi deverá contar com mais de 5.500 animais em cinco leilões que devem movimentar, de acordo com a organização do evento, cerca de R$ 20 milhões. A feira, que ocorre no Parque de Exposições Dirceu Arcoverde em Teresina,
correu o risco de ser replanejada após suspeitas de casos de mormo no local.
Em café da manhã de lançamento nesta segunda-feira (25), o governador Wellington Dias (PT) afirmou que o desenvolvimento da agropecuária no Piauí só saiu do método rudimentar para a modernidade a partir dos anos 2000.
"Vamos ter que trabalhar nesse caminho que iniciamos neste século. Aquele Piauí que tinha uma criação extensiva, criação de animais no mato para uma criação com tecnologia e mais qualificada, semi-intensiva e intensiva", disse o governador.
Segundo o governo, o Norte piauiense tem se destacado na produção agropecuária mais que as outras regiões. A implantação de tecnologia e assistência técnica são, para o Estado, os fatores de desenvolvimento da área. "Essa integração entre o público e o privado tem contribuído para esse progresso", disse Wellington.
O governador chegou a comentar que a vocação do estado para a exportação ficou ainda mais nítida após a viagem a Europa. “Quanto mais o mundo se desenvolve, mais cresce a demanda por alimento. E nós somos ainda um celeiro com possibilidade de ter a nossa economia em crescimento por conta de uma capacidade de produção de alimentos”, avalia.
Sanidade animal
Por conta de problemas de zoonose, a Expoapi deste ano correu o risco de não ocorrer no Parque de Exposições Dirceu Arcoverde, em Teresina. Casos de mormo envolvendo cavalos que passaram pelo local acionaram o alerta de órgãos de vigilância sanitária estadual e até nacional, com intervenção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O parque chegou a ser interditado e foi liberado semanas antes do lançamento da Expoapi.
Para o presidente do Conselho Estadual de Medicina Veterinária, Anisio Lima, os casos estão controlados já que os outros registros suspeitos de mormo não foram confirmados.
"Os protocolos sanitários e profilático foram realizados a contendo e nós conseguimos momentaneamente essa condição de controle", explica Anisio.
Ele reforça que a vigilância deve ser permanente para garantir a exportação dos insumos. Sobre os gargalos na defesa da saúde animal, o presidente elenca: "Pouca profissionalização dos produtores, negligência dos protocolos sanitários pelos criadores, e fragilidade da defesa animal no país. Assim como nos humanos com o sarampo, que estava controlado, com os animais também tivemos reincidência. Devemos trabalhar para o fortalecimento dos agentes de defesa agropecuários", finalizou.
fonte cidadeverde.com