Foto: arquivo pessoal
"A nossa luta não foi em vão. A gente não desistiu nunca!". Esse é o desabafo de Georliton Alves, filho do garçom João Antônio dos Santos, conhecido como João Fidelis, 68 anos, morto por atropelamento pelo radialista Ivan Carlos Carvalho Panichi, que estava sob efeito de alcóol. O crime ocorreu em 2010 e resultou em condenação de seis anos de reclusão em regime semiaberto. Após inúmeros recursos, em julho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão, mas o mandado de prisão só foi expedido nesta segunda-feira (13).
"A nossa luta não foi em vão. A gente não desistiu nunca! sempre deixamos claro que nosso advogado era Deus. Desde a morte do meu pai que passamos por um período conturbado. Hoje, o sangue de nosso pai foi honrado. Não é como tê-lo de volta. Mas é como imortalizar sua alma, sua história, seu exemplo, coisas que vão além da vida e viram referência para a posteridade. Enfim, fez-se Justiça. E, podemos dizer isso pela luta que todos testemunharam que travamos. Fizemos Justiça", disse o filho.
O radialista Ivan Carlos Carvalho Panichi aguardava o julgamento dos recursos em liberdade. Do crime até agora, ele tinha ficado pouco mais de um mês preso. Com o mandado de prisão expedido pelo juiz Sandro Franciso Rodrigues, da 1ª Vara da Comarca de Piripiri, cidade onde ocorreu o crime, ele deve ser recolhido para a Colônia Agrícola Major César de Oliveira, em Teresina.
CRIME
O crime ocorreu em 11 de setembro de 2010.O radialista dirigia uma caminhonete acompanhado de uma mulher quando colidiu violentamente com a moto que era pilotada pelo garçom, no entroncamento das BR's 222 e 343, na cidade de Piripiri, no interior do estado.
O caso teve repercussão nacional e o caso gerou comoção na cidade. Logo após o acidente, o radialista foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um bar.O caso do garçom João Fidelis foi o primeiro júri popular por homicídio doloso de trânsito do Piauí.
fonte cidadeverde.com