A coordenadora do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid) e do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crime (NAVI) do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), promotora de Justiça Amparo Paz, participou de roda de conversa sobre o atendimento às vítimas de violência. O encontro aconteceu no encerramento da disciplina violência de gênero, do mestrado em Sociologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

A promotora Amparo Paz destacou os canais institucionais para denúncias, como o 180, o 190 e o aplicativo Salve Maria, além de frisar a importância do Agosto Lilás. “Um momento importante, inclusive no mês de agosto, de conscientização da não violência contra a mulher. Uma oportunidade ímpar”, disse.

Ao lado da promotora Amparo Paz, Yaslane Rocha, filha de Marilena Pereira da Rocha, vítima de feminicídio em maio de 2022, também participou da roda de conversa e falou sobre o caso. “Eu acredito que quanto mais falarmos, mais vamos impactar um público maior com informação. É preciso falar de forma exaustiva para que todos tenham acesso. É preciso cobrar e exigir. Como filha de vítima, sinto-me impotente. Mas a gente precisa ir atrás de ter instrução. Por isso aceitei esse convite. Os agressores, no caso, infelizmente o meu pai, possuem brechas nas leis”, revela.

Os estudantes participaram da palestra e demonstraram interesse sobre o tema. A estudante do mestrado de Sociologia, Maria Romero, destaca que é preciso dar mais atenção às vítimas de violência. “É preciso divulgar os canais de denúncia, mas que eles sejam efetivos”, ressalta.

A campanha Agosto Lilás foi criada em referência à sanção da Lei Maria da Penha, a Lei Federal nº 11.340/2006, assinada no dia 7 de agosto para proteger as mulheres vítimas de violência e conscientizar a sociedade. Em 2023, a legislação completa 17 anos.