Embora os envolvidos pertençam a facções criminosas, a ação não foi ordenada por nenhuma organização
As forças de segurança do Piauí divulgaram na tarde desta terça-feira (08) novos detalhes sobre a prisão de Ítalo da Silva Araújo, suspeito de ser o mandante do sequestro de um adolescente de 14 anos, ocorrido no município de Monsenhor Gil, no dia 26 de junho. Ítalo foi localizado e preso no município de Campinas, interior de São Paulo, após investigação conjunta.
Segundo o delegado Charles Pessoa, oito pessoas estão envolvidas diretamente no crime.
"Oito pessoas envolvidas. Três pessoas foram presas em flagrante, uma menor foi apreendida, dois entraram em confronto com as forças de segurança e morreram, Ítalo estava foragido e conseguimos efetuar a prisão hoje e uma oitava pessoa também é envolvida. Seis pessoas foram indiciadas e dois infelizmente foram mortos em um confronto. Um desses indivíduos é da Bahia, o Ítalo que trouxe ele para o Piauí para participar desse crime", afirmou.
Charles ainda explicou como o suspeito conseguiu fugir do Piauí e retornar a São Paulo, onde estava antes do sequestro. "O Ítalo conseguiu sair do cerco policial, teve um auxílio e retornou para o estado de São Paulo, onde ele já estava foragido anteriormente. Já vínhamos monitorando ele há alguns dias e hoje foi feita a prisão", relatou.
O delegado também ressaltou que o crime foi planejado com base na rotina da vítima e do pai do adolescente. "Tanto o Ítalo como o Matheus tinham conhecimento da rotina das vítimas. Eles inclusive já tinham praticado o crime de extorsão relacionado ao pai da criança. Ele já vinha planejando esse crime há algum tempo, tanto que ele trouxe um criminoso de fora", disse.
Suspeitos de envolvimento no sequestro de adolescente morreram após confronto com a polícia no Piauí
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"Ele planejou e participou, estava lá e foi para o cativeiro junto com a vítima e os outros. Ele já tinha um mandado de prisão em aberto e agora vai responder por esse outro crime", completou Charles Pessoa.
O delegado Anchieta Nery explicou que, embora os envolvidos pertençam a facções criminosas, a ação não foi ordenada por nenhuma organização.
"O Ítalo, o Matheus, todos eles são membros de facções criminosas, mas esse crime não foi orquestrado por uma facção. Foi uma ação isolada, não acreditamos que vá acontecer outros casos similares. São indivíduos perigosos, histórico criminal robusto", afirmou.
Ele também detalhou como Ítalo fugiu do Piauí. "Ele saiu por meio de um ônibus clandestino, com o apoio financeiro de alguns familiares que podem vir a responder pelo favorecimento pessoal. Sempre acompanhamos esses ônibus clandestinos", disse Anchieta.
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Por fim, o delegado apontou que os envolvidos formavam um grupo com laços pessoais na cidade. "Eles eram um núcleo de amigos. Esses envolvidos cresceram na cidade de Monsenhor Gil, a maioria deles; outras são esposas deles e um rapaz foi trazido de outro estado para participar desse crime. Esse indivíduo que foi preso hoje vai para o segundo mandado de prisão em aberto, o outro é por rompimento de tornozeleira eletrônica", finalizou Anchieta Nery.
Entenda o caso
Os criminosos exigiram R$ 250 mil para a liberação do garoto, mas o pai da vítima, o empresário Almerindo Carvalho, afirmou que não havia possibilidade de pagar via Pix, apenas em espécie. O menino foi encontrado no dia 27 de junho.
Na noite do dia 27 de junho, dois homens suspeitos de envolvimento no sequestro morreram durante um confronto com a Polícia. O tiroteio aconteceu na zona rural de Nazária, no momento em que os suspeitos tentavam fugir das equipes policiais. De acordo com informações apuradas pela reportagem, as vítimas foram identificadas como Mateus e Baiano.
Fonte: Portal A10+
