Setut só garante ônibus extra para eleições com pagamento antecipado da PMT

 Ao todo, 205 ônibus vão circular, o que correspondem a 75% da frota total em circulação durante os dias úteis

Neste domingo (2) acontecem as eleições para presidente da república, governador, senador, deputados federais e estaduais. A Superintendência de Transporte e Trânsito de Teresina (Strans) estabeleceu um porcentual de 75% da frota de ônibus para o pleito deste domingo. 

No entanto, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirma, por meio de nota, que só vai colocar os veículos na rua se o poder público, no caso a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), financiar, de forma antecipada, esse custo.

Impasse permeia a frota de ônibus disponível para eleições no domingo (2). Crédito: Raíssa Morais.

A ideia da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) é garantir que o cidadão consiga exercer o direito à cidadania, por isso, determinou reforço na frota de veículos. Normalmente, no domingo circula apenas 30% da frota, mas a determinação pede que o Setut coloque 75% dos veículos em circulação na data.

Com a emissão da ordem de serviço, devem circular 205 veículos para o dia 2 de outubro, o que significa 75% da frota que circula atualmente com 273 veículos.  

Prefeitura Municipal de Teresina garante que vai reforçar frota de ônibus. Crédito: Raíssa Morais.

Temor nacional

Existe um temor nacional com relação ao transporte público, que vive instabilidade em todo o país, durante as eleições de domingo, com fortes rumores de boicote. Atento a isso, o Partido dos Trabalhadores (PT), através da direção nacional, já emitiu um ofício a todos os 2.376 vereadores do partido espalhados em 1.389 municípios brasileiros pedindo que eles solicitem aos respectivos prefeitos informações sobre o funcionamento do transporte coletivo em suas cidades no dia da eleição. O documento faz parte de uma série de medidas que o partido está tomando para garantir a votação sem transtornos.

O que diz o Setut?

O Setut informa que nesta eleição irá disponibilizar a frota de ônibus, que atenda as necessidades dos passageiros. Contudo, o aumento da frota somente é possível se o poder público financiar, de forma antecipada esse custo. 

A entidade reitera que disponibiliza veículos com considerável qualidade para realizar o efetivo deslocamento de passageiros e que necessita de aporte financeiro do poder público para a melhorias dos serviços do transporte coletivo. O SETUT reforça que sempre deixou claro que a falta de compromisso da gestão atual da prefeitura da capital com o pagamento de débitos junto às empresas de transporte tem criado prejuízos ao funcionamento do sistema.

Sem ônibus fica difícil que o eleitor consiga votar. Crédito: Raíssa Morais.

Em todas as zonas

Pela determinação da Strans, 205 veículos devem circular durante todo o domingo, distribuídos pelas zonas da cidade, com maior fluxo, nos horários da manhã e no final da tarde, para atender aos usuários do transporte público que necessitam se deslocar para os locais de votação. 

Por fim, a Strans irá fiscalizar o cumprimento da ordem de serviço determinada por meio do georreferenciamento (GPS) nos veículos e pelo sistema CITGIS. Caso seja verificado o descumprimento na prestação do serviço aos usuários, a fiscalização irá tomar as devidas providências. Caso seja necessário, a empresa que descumprir a ordem de serviço poderá ser autuada.

fonte www.meionorte.com

2º debate Meio Norte com candidatos ao Governo do Piauí

Candidatos protestam caso Coronel Diego não entregue arma

Os pleiteantes ao Governo do Piauí, Lourdes Melo (PCO) e Geraldo Carvalho (PSTU) protestaram antes do retorno do segundo bloco do debate, recusando-se a retornar ao confronto de ideias caso o candidato Coronel Diego Melo (PL) não entregue a arma que porta. Após mediação do Grupo Meio Norte de Comunicação (GMNC) e as assessorias dos participantes, o debate foi retomado.

O imbróglio teve início no bloco anterior, em que Lourdes Melo exacerbou o seu incômodo no fato de Diego Melo, Coronel da Polícia Militar do Piauí, estar  com uma arma no estúdio. A equipe da emissora interviu e dialogou com os pleiteantes, decidindo-se em comum acordo pela continuidade do debate.

Foto: Raíssa Morais

Foto: Raíssa Morais

Foto: Raíssa Morais

 

Lourdes Melo pergunta para Rafael Fonteles sobre ataques contra a democracia

Lourdes Melo pergunta para Rafael Fonteles a respeito de ataques contra a democracia.

Foto: Raíssa Morais 

Reposta Rafael Fonteles: Eu rogo a Deus para que esse debate termine em paz e que os candidatos armados não saque a arma porque nós vivemos tempos sombrios e quero defender a educação de tempo integral e o programa de estágio remunerado e assim nossos jovens terão tempo de estudar mais e estudar melhor.

Réplica Lourdes Melo: O candidato que esconde a arma na queda, um sujeto de alta periculosidade, está ameaçando e colocar para organização desse debate .

Tréplica Rafael Fonteles: Domingo o povo do Piauí vai escolher entre a turma do ódio, da violência, e a turma do amor, da esperança e por isso peço seu voto.

Quadruplica Lourdes Melo: No domingo nós vamos varrer toda essa turma de bolsonarista, que tem o símbolo da violência e vamos trazer de volta Lula Presidente .

Quintuplica Rafael Fonteles: Nesse domingo o povo do Brasil vai voltar com paz e esperança e tirar toda essa turma.

Ravenna questiona Lourdes Melo sobre o fato de Coronel Diego estar armado

Pergunta Ravenna Castro – “Nós acabamos de passar por um momento da segurança pública e a permanência de um candidato armado, quais os argumentos que você coloca para que ele não permaneça armado no local?”.

Resposta Lourdes Melo – “Um teatro a céu aberto onde todo mundo se envaidece, foi um teatro de forma policialesca, onde o candidato tem uma arma, eu olhei por todos os lados, botou dentro da cueca, ele tem uma arma na cueca, eu olhei de todos os lados e não vi, ele não quer entregar a arma, mas a gente diz que ele é uma ameaça”.

Réplica Ravenna Castro – “Concordo com as colegas quando elas se sentem ameaçadas, porque nesse momento é um debate político, debate acalorado, qualquer disparo causa perigo, eu também me sinto insegura”.

Foto: Raíssa Morais

Tréplica Lourdes Melo – “Aqui está desenhado, tem o laranja 1, laranja 2 que é a ‘barbie da pistola’, que também defende o armamento e o que está ausente”.

Quadruplica Ravenna Castro – “É lamentável que o candidato Sílvio Mendes que se diz ser um dos melhores gestores de Teresina não está aqui”.

Direito de resposta Diego Melo – “Quero aqui esclarecer que o presidente Bolsonaro defende sim o direito do cidadão de bem ter uma arma, inclusive as mulheres também tem esse direito, é hora de quebrar esse paradigma que a esquerda cria, onde as pessoas vivem nos bairros com medo, sem ter condições de sair de casa, nós vamos continuar defendendo”. 

Geraldo Carvalho questiona Gessy sobre agronegócio e agricultura familiar

O candidato Geraldo Carvalho questionou Gessy Lima sobre o agronegócio e a agricultura familiar. 

Resposta Gessy Lima – “Eu vejo aqui um ataque a quem produz alimento, a quem coloca comida na nossa mesa, a agricultura familiar não tem estrutura, não consegue abastecer todos nós, nos precisamos sim do agronegócio, de tecnologia, para que a gente possa antecipar a essa crise de abastecimento de comida, e nós já vivenciamos isso na pandemia, eu sou sim pelo apoio ao desenvolvimento econômico”.  

Réplica Geraldo Carvalho – “Ou você é má informada ou está de má intenção quem abastece o consumo da população do Piauí é a agricultura familiar, não é o agronegócio, ele não existe para abastecer o nosso consumo”.

Foto: Raíssa Morais

Tréplica Gessy Lima – “Tomador de terra quem defende aqui é o senhor, eu sou muito bem informada diferente do senhor que vem aqui atacar quem produz alimento. E graças a Deus temos terras produtivas. O Piauí não produz nem 70% de tudo aquilo que é consumido no estado”.

Quadruplica Geraldo Carvalho – “Quem produz a riqueza do estado, do país é a classe trabalhadora, vá atrás do maior produtor do agronegócio para ver onde ele está”.

Quintuplica Gessy Lima – “Quero lhe fazer uma pergunta se não tiver loja, comércios, fabricas, onde é que os trabalhadores vão se empregar? O governo não consegue, a prefeitura não consegue”.

Madalena Nunes questiona Geraldo Carvalho sobre ataques que a esquerda sofre

Pergunta Madalena Nunes - Desde o início dos debates a esquerda está sendo atacada, a intolerância. Por que nós somos tão atacados pela direita?

Resposta Geraldo Carvalho – “Quero repudiar a postura do candidato Coronel Diego, ele não está no quartel, ele não está em serviço, estamos aqui para discutir projetos para a sociedade, não tem sentido ele vir para cá portando arma de fogo”.

Réplica Madalena Nunes – “Eu coloquei a questão da esquerda porque nós sabemos que o nosso direito é resultado de nossas lutas”.

Foto: Raíssa Morais

Tréplica Geraldo Carvalho – “A esquerda precisa se fazer respeitar, eu sou a esquerda socialista revolucionaria, nós estamos discutindo projetos de sociedade para o Brasil e o Piauí e a extrema direita precisa respeitar isso”.

Quadruplica Madalena Nunes – “Conheço Cuba, lá não tem crianças passando fome, Cuba todo mundo tem moradia, eu queria que o Brasil fosse Cuba, para que aqui exista o socialismo”. 

Quintuplica Geraldo Carvalho – “Os trabalhadores não vão deixar o Brasil porque esse país é construído por nós, nós negros, nós índios, construímos a riqueza desse país, não precisamos ir para Cuba, nem Venezuela”.

Geraldo Carvalho pergunta para Madalena Nunes a respeito da educação

Geraldo Carvalho pergunta para Madalena Nunes a respeito da educação: O nosso plano de governo contempla de forma plena, discutindo com o professor, qual teu posicionamento para educação?

Foto: Raíssa Morais

Madalena Nunes responde: a nossa educação libertadora, que não permita pessoas armadas, que c chamem a esquerda de aloprada, que agrida quilombolas, o legado de Paulo Freire, que aqui candidato estivesse amado. Nós acreditamos em uma democracia de repeti, 

Réplica Geraldo Carvalho: a nossa educação prioriza também a despolitização, eu não quero ser governador que inaugura escolas novas, até porque já temos prédios que podem ser utilizados.

Tréplica de Madalena Nunes: É interessante a postura de instituições democráticas como a OAB, é engraçado que é até contraditório, pois aparece

Quadruplica Gustavo: vamos fazer a escola um segundo lar, a importância da escola é ser um lugar agradável. Nós temos que trabalhar o jovem no seu nascedouro.

Quintuplica Madalena Nunes: Nós defendemos a democracia, nós vencemos a Ditadura Militar e queremos dar um recado para o bolsonarismo que não vamos permitir que a ditadura retorne.

Rafael Fonteles pergunta Gustavo Henrique a respeito das propostas para a cultura piauiense

No segundo bloco, em que candidato pergunta para candidato com tema livre no centro do estúdio. O primeiro sorteado foi Rafael Fonteles e escolheu o candidato Gustavo Henrique. Rafael Fonteles perguntou a respeito das propostas para a cultura piauiense. 

Foto: Raíssa Morais 

Gustavo Henrique respondeu: temos que começar a despolitização, acho que a cultura precisa de um desapego de secretarias, precisamos resgatar nossa cultura, precisamos melhorar infraestrutura, o aparato arquitetônico,

Réplica de Rafael Fonteles: Dizer que vamos ampliar as ações que já fizemos, investimentos no audiovisual e apostando nos pontos de cultura do município.

Tréplica Gustavo Henrique: nós tivemos recentemente no Folguedos e vimos aquele grande aparelho público abandonado, já que se utiliza aquele espaço público também durante outro tempo.

Quadruplica Rafael Fonteles: Com relação ao Albertão, vamos fazer o mesmo modelo do que foi feito no Verdão e Centro de Convenções, em que o administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa de um órgão público para uma empresa privada.

Quintuplica Gustavo Henrique: Eu espero que em uma eventual sua, essa PPP seja mais transparente, como não foi feita na Ceasa.

Lourdes Melo cita Sílvio Mendes durante questionamento para Madalena Nunes

A candidata Lourdes Melo questionou Madalena Nunes e citou Sílvio Mendes. “O candidato se ausentou covardemente e se declarou contra os quilombolas, contra os negros e contra as mulheres. Ele disse que o dinheiro que ele tinha era para gastar com a Beth Cuscuz”.

Resposta Madalena Nunes – “Lamentável, nós precisamos observar quem estamos colocando para administrar o nosso estado, vamos valorizar a saúde, educação. Se você está satisfeito com a situação tudo bem, se não vamos observar as candidaturas, para lhe inserir no processo de gestão porque os movimentos sindicais farão parte do nosso governo”. 

Foto: Raíssa Morais

Comentário Ravenna Castro – “Nós somos terminantemente contra qualquer tipo de agressão e descriminação a mulher, aos negros, grupos vulneráveis, é momento de saber suas propostas, perfis, notamos que esse tipo de ataque que representam as elites e não querem governar para o povo e não tem nada a contribuir com o povo pobre, vulnerável, isso precisa ser combatido”. 

Tréplica Madalena Nunes – “Nós continuamos chamando a atenção de você eleitora, eleitor, temos candidatos que defendem o agronegócio quando a gente sabe que o que mata a nossa fome é a agricultura familiar, pelo governo Bolsonaro e seus seguidores, vai criar essa falsa sensação de segurança andar armado”.  

Direito de resposta Coronel Diego – Vejam a agressividade da esquerda, a esquerda protege as facções criminosas, a esquerda quer armar os sem terras, a esquerda está destruindo várias nações do mundo, nós não queremos no nosso Brasil. Graças ao Bolsonaro nós vamos salvar o Brasil dos aloprados”. 

Gustavo Henrique pergunta a Lourdes Melo sobre medidas para segurança pública

Gustavo Henrique pergunta a Lourdes Melo quais medidas ela ajudaria na segurança pública para debelar as facções.

Foto: Raíssa Morais 

Candidata Lourdes Melo responde: Quando você se refere a gangues tem gangues do colarinho branco, mas vejo que sua pergunta se refere aos negros, da periferia, que não tem acesso a uma escola de qualidade. Estou muito preocupada, vi a jornalista Yala perguntando se o Coronel Diego estaria armado  e estamos num espaço democrático, se ele tiver armado penso que entregue sua arma.

Madalena Nunes comenta: O problema da segurança pública é que temos uma das polícias que mais mata e uma das que mais mata; é uma falha do estado com a população e o próprio servidor público, e temos uma insegurança nas comunidades, onde vemos avançar o crime organizado, e precisamos de investimento em inteligência.

Gustavo Henrique faz a réplica: Está no nosso plano de Governo a não nomeação de políticos para Secretaria de Segurança, propomos concurso público, levar a polícia onde não tem. Vamos ativar politicamente o Estado para abraçar o social, temos que identificar as causas e combater isso, o estado precisa estar presente onde não está.

Lourdes Melo tréplica: Colocamos que os índios, os movimentos sem terra estão ameaçados pela pistolagem; então defendemos que eles precisam de autodefender, que se armem, que estão sendo ameaçados pela polícia.

Coronel Diego: É muita loucura, você ter que armar o MST, eu sou policial. Tenho que andar armado. Vemos a agressão, essa é a esquerda que quer armar o MST. 

Geraldo Carvalho questiona Gustavo Henrique sobre propostas para reduzir a fome

Geraldo questiona a Gustavo Henrique: Metade da população do Piauí passa fome, metade passa dificuldade como valor dos alimentos, qual a proposta para reduzir a fome?

Foto: Raíssa Morais

Gustavo Henrique responde: Vamos trabalhar as zonas industriais, vamos fazer a Busca Ativa, alcançar as famílias que estão em situação de vulnerabilidade; vamos abraçar as famílias, temos que protegê-las para dar o melhor encaminhamento; filho precisa de espelho, referência, vamos efetivamente trabalhar no social e na geração de emprego e renda.

Rafael Fonteles comenta: O Brasil saiu do mapa da fome no Governo Lula Dilma, e é preciso eleger Lula logo no primeiro turno, essa é a medida mais urgente, teremos a garantia que o Bolsa Família vai continuar. É preciso fortalecer a agricultura familiar.

Geraldo Carvalho faz a réplica: O candidato do Karnak já disse que vai priorizar o agronegócio e o agronegócio não vai enfrentar a alta do preço dos alimentos, ele está fazendo jogo duplo. Nossa proposta é a produção de alimentos sob a agricultura familiar com o controle dos trabalhadores.

Gustavo Henrique tréplica: Claro que o agronegócio tem sua importância. Vamos gerar emprego e renda na região dos Cerrados; a agricultura familiar é de fato o que alimenta os brasileiros, mas precisamos abrir indústrias para gerar emprego e renda aos nossos jovens; não podemos deixar os piauienses reféns de programas sociais.

fonte www.meionorte.com