Polícia flagra supermaconha e LSD na casa de agrônomo em Teresina
Engenheiro agrônomo foi preso na noite de ontem. Na casa, flores de maconha, LSD vindo da Europa e sementes.
Um engenheiro agrônomo Pedro José de Alencar, 53 anos, foi preso pela Delegacia de Entorpecentes acusado de cultivar supermaconha em sua residência na zona leste de Teresina. A prisão ocorreu na noite desta quarta (19). No local, os agentes encontraram flores da supermaconha prontas para o consumo, LSD de origem européia, além de sementes de erva ainda desconhecidas usadas para fazer chá alucinógeno, segundo o delegado Willame Moraes.
Rayldo Pereira/Cidadeverde.com
De acordo com o delegado Willame Moraes, titular da especializada, o engenheiro é ex-professor da Uespi, especialista em cultivo e tem um livro de poesias publicado.
No local, foram apreendidos materiais de estufa, iluminação especial e isopor para acondicionamento de mudas, embalagens de LSD, de origem européia, e uma erva ainda não identificada, na forma de sementes que seriam usadas para produzir chá alucinógeno.
"O que chama a atenção é que as pessoas mais ligadas às prisões sobre drogas sintéticas são altamente qualificadas. A prisão se deu após a captura de Moisés Barros", disse o delegado.
Moisés foi preso na sexta (14), em sua casa, localizada no bairro Mocambinho, zona norte. Lá a polícia também flagrou uma plantação de supermaconha, LSD e toda uma estrutura de cultivo da espécie de maconha.
Na delegacia, na manhã de hoje, Willame Moraes mostrou um pé da maconha apreendido na residência de Moisés. Na casa do agrônomo não havia mais mudas. "Depois que prendemos o Moisés, o Pedro tentou destruir todas as mudas que tinha em casa. Quando chegamos lá localizamos apenas o local onde eram plantadas e restos da planta que serão analisados pela perícia. Ele ficou com medo e destruiu as provas. Mas conseguimos resgatar", explicou o delegado.
Segundo o delegado, o acusado tem seis filhos e apenas duas estavam na casa no momento da prisão.
A Delegacia de Entorpecentes vai continuar na linha de investigação à procura de drogas sintéticas e derivados no Estado. Até o fim da semana, Willame irá divulgar um número de telefone para receber denúncias da população através do aplicativo Whastapp.
"As denúncias são muito importantes, pois, através delas, conseguimos identificar outras pessoas. A população pode ligar para o 3216-5281 e denunciar", conclui o delegado.
Tráfico
De acordo com Willame, todos os acusados que já foram presos alegam que a droga era usada para consumo próprio. "Inclusive, eles não acham que o que eles fazem é ilegal. Eles acham tudo isso natural", informou.
A supermaconha
Willame explicou como funciona o consumo e a comercialização da droga em Teresina. "Quando a planta cresce e começa a dar flores, eles retiram as flores somente e as utilizam para consumo e venda. Para os usuários do skunk, o resto da planta [as folhas] é descartável. Eles jogam fora", afirma.
Cada grama da flor do skunk chega a ser vendido por R$ 50. Seu efeito chega a ser quase 8 vezes superior ao da maconha comum.
A polícia não informou o endereço do agrônomo. Segundo o delegado, a família deve ser preservada. "As crianças se desesperaram com a prisão e não têm nada a ver com essa história. Inclusive, ele é um bom pai", afirmou.
fonte cidadeverde.com