De coadjuvante a protagonista
*Zózimo Tavares
Para Zé Filho estava reservado o papel de coadjuvante na sucessão estadual, mesmo com ele assumindo o cargo de governador. A função definida para ele pelo então governador Wilson Martins, o PMDB e aliados era a de mero cabo eleitoral de todos eles. Isso estava de bom tamanho para o jovem governador, avaliaram.
Zé Filho aceitou com resignação o papel. Com a caneta na mão, porém, começou a se movimentar no sentido de viabilizar sua candidatura ao governo, já que na condição de vice não lhe deram esta chance. Como só havia uma vaga de candidato a governador pelo PMDB, ele tratou de esvaziar a candidatura já lançada. E conseguiu, ao cabo de cinco meses.
O governador avaliou que, votando em Dilma, não passaria também de um reles coadjuvante.
O político piauiense que tem afinidade com ela, no Estado, é o senador petista Wellington Dias, seu concorrente. Isso ficou claro na última visita que Dilma fez ao Piauí, há pouco mais de um mês. O pré-candidato a governador do PMDB ainda era o deputado Marcelo Castro, citado pela presidente apenas protocolarmente. Já para Wellington, ela fez uma festa.
A campanha dirá se o governador acertou em sua estratégia. O que é fato, porém, é que ele entra para a campanha com discurso, um discurso que se contrapõe frontalmente ao do PT. A bem da verdade, ele já era crítico do modelo petista de governar antes mesmo de assumir o governo.
É aguardar, agora, para ver a quem e a quantos o governador vai convencer nos palanques. Independentemente do resultado da eleição, Zé Filho já passou da condição de coadjuvante à de protagonista. E isso conta muito em política.
Imagem: Germana Chaves / GP1Jornalista Zózimo Tavares
O governador Zé Filho provocou na sexta-feira passada a segunda reviravolta da campanha eleitoral deste ano no Piauí. A primeira foi quando ele assumiu a condição de candidato a governador, no início do mês, com a renúncia do deputado federal Marcelo Castro, presidente regional do PMDB, à candidatura ao Palácio de Karnak.Para Zé Filho estava reservado o papel de coadjuvante na sucessão estadual, mesmo com ele assumindo o cargo de governador. A função definida para ele pelo então governador Wilson Martins, o PMDB e aliados era a de mero cabo eleitoral de todos eles. Isso estava de bom tamanho para o jovem governador, avaliaram.
Zé Filho aceitou com resignação o papel. Com a caneta na mão, porém, começou a se movimentar no sentido de viabilizar sua candidatura ao governo, já que na condição de vice não lhe deram esta chance. Como só havia uma vaga de candidato a governador pelo PMDB, ele tratou de esvaziar a candidatura já lançada. E conseguiu, ao cabo de cinco meses.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Zér Filho
Com o sucesso da primeira jogada, ele partiu para a segunda, que foi a de montar um palanque próprio, com identidade. Assim, rompeu com a presidente Dilma e foi buscar o palanque tucano do candidato Aécio Neves. De quebra, conseguiu puxar o PSDB de volta para a coligação governista, tendo o ex-prefeito Sílvio Mendes como companheiro de chapa.O governador avaliou que, votando em Dilma, não passaria também de um reles coadjuvante.
O político piauiense que tem afinidade com ela, no Estado, é o senador petista Wellington Dias, seu concorrente. Isso ficou claro na última visita que Dilma fez ao Piauí, há pouco mais de um mês. O pré-candidato a governador do PMDB ainda era o deputado Marcelo Castro, citado pela presidente apenas protocolarmente. Já para Wellington, ela fez uma festa.
A campanha dirá se o governador acertou em sua estratégia. O que é fato, porém, é que ele entra para a campanha com discurso, um discurso que se contrapõe frontalmente ao do PT. A bem da verdade, ele já era crítico do modelo petista de governar antes mesmo de assumir o governo.
É aguardar, agora, para ver a quem e a quantos o governador vai convencer nos palanques. Independentemente do resultado da eleição, Zé Filho já passou da condição de coadjuvante à de protagonista. E isso conta muito em política.