sábado, 23 de agosto de 2014

Esgoto a céu aberto traz riscos à população do bairro São Pedro


Esgoto a céu aberto traz riscos à população do bairro São Pedro

As águas que escorrem deste esgoto vão para uma galeria, que não possui nenhuma proteção, representando mais um perigo.

As ruas Piripiri e Simplício Mendes, localizadas no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina, estão praticamente intrafegáveis devido à lama que escorre pelas vias. Pedestres, motoqueiros e até ônibus sentem dificuldades de transitar pelo local. O mau cheiro é outra reclamação de quem trabalha ali perto. 
O comerciante Edvaldo Araújo conta que o esgoto a céu aberto escorre por toda a via, durante todo o dia. Segundo ele, a comunidade já reclamou diversas vezes à Prefeitura, na tentativa de amenizar o problema. Mas, até o momento, nada foi resolvido. “Aqui é assim o ano todinho, você pode vir hoje, amanhã ou outro dia qualquer, vai estar todo tempo desse jeito, o esgoto correndo. No período chuvoso, alaga tudo, não só aqui, mas em quase todos os lugares daqui”, disse. 
Edvaldo Araújo relata também que o mau cheiro é insuportável e que as águas, possivelmente, venham de residências próximas de seu comércio. “A vazão de água aqui é grande e se não fizer um reparo, vai continuar sempre assim. Lá tem um buraco bem grande e sai muita lama”, fala o comerciante. 
Foto: Jailson Soares/ODIA
Toda essa água escorre para uma galeria que fica localizada entre a Avenida Barão de Gurgueia e Rua Beneditinos, outro perigo para a população. O comerciante relata que, quando chove, a via fica completamente alagada e o buraco coberto, além da correnteza ser forte. 
“É perigoso, se alguém quiser arriscar a passar e ser puxado pelas águas. Deveria fazer a limpeza e cobrir com alguma coisa. A Prefeitura já veio aqui, mandou uns técnicos para olhar e ver o que poderia ser feito, mas nunca adiantou, ficam só jogando um para o outro”, afirma. 
O comerciante explica que foi preciso colocar uma barreira de proteção na entrada de sua loja, na tentativa de impedir que a água invada o estabelecimento e danifique os produtos. 
No período chuvoso, os carros também são obrigados a retornar e pegar outras vias alternativas. “A Barão de Gurgueia inteira trava e os carros têm que ir bem devagar ou então parar. Quem arrisca, fica no prego, quem tem mais sorte consegue passar”, disse Edvaldo Araújo. 
Ele conta ainda que a última modificação feita na Avenida Barão de Gurgueia foi a colocação de um retorno, o que alterou o nível da via. “Você pode observar que a avenida tem um desnível e quando chega à frente da galeria a queda da água é jogada toda para o buraco. Como ela é pequena, não consegue receber todo o volume de água, até porque ela está cheia de terra e sempre entope”, conta o comerciante. 
Providências
Segundo Márcio Sampaio, gerente de obras da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU/Sul), na galeria da Avenida Barão de Gurgueia é despejado muito material, o que acaba entupindo o buraco. Sobre a colocação de uma cobertura na galeria, o gerente informa que não há nenhum projeto previsto para o local e que as medidas que podem ser tomadas são de limpeza do buraco e da Rua Piripiri. 
A respeito da lama que é despejada na referida rua, o engenheiro civil da Coordenação de Captação de Recursos, Ítalo Portela Gomes, fala que as áreas indicadas estão contempladas na elaboração de estudos e projetos de engenharia para manejo de águas pluviais da sub-bacia P-10. 
O consorcio hydros -engecor foi contratado para elaboração do projeto da galeria, mas, até o momento, não existe nenhuma fonte de recurso para a execução da obra. A finalização do projeto e orçamento é condição necessária para viabilizar qualquer recurso externo.
fonte portal o dia