Revolta e comoção na missa de 7º dia dos mortos da chacina em São Miguel
A quinta-feira (6) foi de homenagem e comoção no povoado Palmeira de Cima, no município de São Miguel do Tapuio, local onde ocorreu a chacina que chocou o País.
Foto: Yala Sena
Hoje, a missa de sétimo dia ocorreu no povoado e foi marcada por choro, despedidas e lembranças dos cinco mortos. No último dia 31, um morador, que está foragido, matou cinco moradores – entre eles um avô e neto. A missa foi realizada sob forte proteção policial, já que existe a ameaça do acusado de retornar a comunidade e fazer nova matança.
Clewilson Vieira Matos, 34 anos, teve um "surto" e iniciou a matança ao disparar cinco tiros contra a sua mulher, a primeira das vítimas. Ele teria ficado revoltado com a informação de que o povoado queria expulsá-lo do local. Clewilson responde por crime de tráfico de droga.
Todos foram assassinados à queima-roupa, no horário do almoço, em um raio de menos de 500 metros. O clima ainda é de medo e insegurança.
Entre os mortos, estão o professor de informática Roberto Crisóstomo, 50, e o comerciante Cláudio de Oliveira, 43, além de Juvêncio dos Reis da Silva, 65, e seu neto Sidney Tavares Silva, 18.
O delegado Laércio Evangelista informou ao Cidadeverde.com que as buscas ao Clewilson continuam. Na última segunda-feira, a polícia localizou a motocicleta que ele conseguiu fugir.
Após o crime, os moradores mudaram sua rotina de vida e passam a maior parte do tempo dentro de casa. O medo é que ele retorne e tente nova vingança.