Familiares de presos denunciam técnicas de tortura na Irmão Guido
Uma delas consiste em torcer as articulações do detento, sem deixar marcas.
O número de denúncias de tortura que chegam até a Comissão dos Direitos Humanos da OAB aumentou desde o dia 29 de janeiro. Isso porque, de acordo com os familiares dos detentos, algumas técnicas estão sendo mais exploradas pelos agentes penitenciários. Uma delas é chamada de extração e consiste em torcer as articulações dos presos de forma que cause dor e não deixe marcas. A outra técnica de tortura denunciada consiste em bater nos detentos com uma garrafa pet cheia de água. Dessa forma, os hematomas são internos.
Fotos: Assis Fernandes/ODIA
Nesta sexta-feira (13), pelo menos 30 familiares de detentos se reuniram com advogados, membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB e com o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, para denunciarem os abusos. O objetivo é encontrar alternativas e resolver o problema.
Segundo a vice-presidente da OAB, Eduarda Miranda, os abusos denunciados podem ser classificados como graves violações aos direitos humanos. “São maus-tratos que não deixam marcas ou lesões a ponto de serem identificados. Isso tudo terá que ser apurado. A OAB não vai se furtar de exercer o seu papel”, disse a advogada.