Júri condena réus por morte do vereador Titico Barbosa; soma das penas ultrapassa 70 anos
Os acusados de assassinar o vereador Titico Barbosa, morto em outubro de 2012 quando comemorava o resultado das eleições, foram condenados pelo Tribunal do Júri, em sessão presidida pela juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Araújo. O julgamento durou quase 24h, começou na manhã de ontem e terminou por volta das 6h20 desta sexta-feira (13). José Gonçalves Nunes e Josimar Holanda Nunes são pai e filho. O somatório das penas ultrapassa 70 anos.
Fotos: Romário Mendes/ Riachaonet
Os réus foram condenados pelo Tribunal do Júri, formado por sete pessoas. A sessão foi presidida pela juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Araújo. O filho, Josimar Holanda Nunes, o Mazinho, foi condenado a 27 anos e 11 meses de reclusão, dois meses e 27 dias de prisão simples e 190 dias de multas. Ele vai responder pelos crimes de homicídio, lesão corporal, posse de arma branca e de fogo; O pai, José Gonçalves Nunes, conhecido como Zé Neto, foi condenado a 42 anos, nove meses e 15 dias de reclusão, além de dois meses de prisão simples e 190 dias de multa. Ele foi condenado pelo assassinato do vereador, além de porte de arma branca e de fogo e tentativa de homicídio.
“Todas as testemunhas arroladas pela acusação, são testemunhas que viram quando o Mazinho (armado) juntamente com o seu pai Zé Neto assassinaram com 15 lesões a vítima. A tese apresentada pela defesa, de que Mazinho teria assassinado o vereador Titico Barbosa em legítima defesa, foi contestada, pois Mazinho saiu do bar, se deslocou até sua residência onde se armou, 'algo já pensado'. Já o Zé Neto chega a dizer que não possuía nenhuma arma, faca, quando mais de 10 testemunhas já deram seu depoimento que não viram somente ele armado de faca, de espingarda, e disseram que o primeiro tiro dado contra o vereador foi disparado por ele", disse o assistente de acusação, Herval Ribeiro.
Nazareno Thé, advogado de defesa dos condenados, anunciou que vai recorrer da decisão. Participaram ainda do julgamento os promotores Marcelo Monteiro e Carlos Rogério.
Relembre o caso
O vereador Francisco de Assis Pio da Silva, mais conhecido como Titico Barbosa, 41 anos de idade, foi assassinado na noite do dia 14 de outubro de 2012, por volta das 18h30, com disparos de arma de fogo e a facadas. Ele estava em um bar no povoado Angical dos Domingos, distante cerca de 20 quilômetros da sede do município.
O crime teria sido motivado por uma discussão iniciada entre parentes do vereador e um dos acusados, cuja discussão terminou, provocando uma briga entre o primo do vereador Titico, Pedro Feitosa Pio (assessor de Titico) e o acusado identificado por Mazinho que também estava no bar. Após o desentendimento entre Pedro e Mazinho, o acusado se retirou do local e minutos depois retornou em companhia do pai, Zé Neto, atirando contra o vereador que tentou correr, mas acabou sendo alvejado e morto. O primo de Titico, Francisco das Chagas Pio da Costa (Chiquinho) foi ferido com uma facada e encaminhado ao Hospital Regional de Picos onde se submeteu a cirurgia. Além dele, Pedro também ficou ferido.
