terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

PP decide pela saída de Paulo Maluf da presidência do diretório paulista


PP decide pela saída de Paulo Maluf da presidência do diretório paulista

O Partido Progressista, por decisão de ampla maioria da executiva nacional, aprovou o relatório do deputado Ricardo Barros (PP/PR) que estabelece o início do processo de intervenção no diretório do partido em São Paulo e afastamento do deputado Paulo Maluf (PP/SP) da presidência do diretório estadual. Apenas quatro votos foram contrários.
A reunião desta terça-feira (24/02), que foi convocada pelo Senador Ciro Nogueira, presidente nacional do partido, deliberou sobre a determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que concedeu a reintegração de posse de Paulo Maluf à presidência do diretório de São Paulo. A justiça alegava a falta de legitimação da decisão do partido.
O deputado Paulo Maluf (PP/SP) terá três dias para apresentar sua defesa, de acordo com o Estatuto do Partido. Após esse período, será marcada outra reunião para nova votação.
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MALUF NÃO DEIXAVA ESPAÇO PARA 'OS OUTROS'
Ainda no ano passado, o diretório do partido em São Paulo foi alvo de uma comissão que destituiu a presidência. O descontentamento com Maluf se agravou depois que o deputado descumpriu a orientação da executiva nacional, e ainda mais, após anunciar apoio ao candidato do PT, Alexandre Padilha, acabo oficializando aliança também com Paulo Skaf (PMDB).
Além disso, Maluf foi considerado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Ele é acusado de várias irregularidades, entre elas a construção do complexo Ayrton Senna, feito em 1993 e 1996 quando era prefeito da capital paulista. Sem contar as nomeações para Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) que beneficiava apenas aliados com cargos conquistados em troca apoio a Fernando Haddad (PT) e falta de espaço na campanha eleitoral para deputados. Jesse Ribeiro fez várias indicações de confiança na Cohab. Ele é braço direito de Maluf.
Reeleito em julho de 2013 para presidir o PP em São Paulo, ele teve decisão favorável da 4ª turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O relator do caso no TJ-DF, Cruz Macedo, disse que "é possível vislumbrar a possibilidade de lesão grave e de difícil reparação imputável ao recorrente, que ocupava a presidência do Diretório Estadual do partido em São Paulo com mandato que expira apenas em junho de 2015, estando privado de exercer as funções partidárias para as quais estaria legitimado até decisão em contrário".

fonte 180graus.com