domingo, 12 de abril de 2015

Chuva forte atrapalha manifesto anti-Dilma em Teresina

Chuva forte atrapalha manifesto anti-Dilma em Teresina

Organizadores do movimento "Vem Pra Rua" estão vendendo diversas camisas ao valor de R$ 10. As camisas estampam o rosto da presidenta Dilma


A manifestação que pediu a retirada da presidente Dilma Rousse (PT), realizada neste domingo (12/04), em frente a Assembleia Legislativa do Piauí,  na avenida Marechal Castelo Branco, não conseguiu atrair grande público. A organização do ato lamentou o público reduzido  mas garantiu que o objetivo do manifesto foi conquistado. 
Banda de forró foi contratada para "animar" manifestantes | Foto: João Alberto / O Olho 
"Foi uma manifestação produtiva, pois as pessoas que vieram são compromissalas com um país melhor. Teresina agora tem um palco onde todos podem ser ouvidos e manifestarem sua indignação com a presidente Dilma", avaliou Karina Araújo,  organizadora do evento. 
Para o médico Thiago Augusto, a banda contratada para a manifestação, foi um fator negativo. "Isso descaracteriza o ato. Não trouxe maior público e não representou uma força para a manifestação", disse. 
Ainda na avaliação do médico, o pedido de impeachment da presidente de Dilma, não representa uma solução para o país. Ele acredita que a cassação é o método mais adequado. "Quero uma cessação do registro de candidatura de Dilma. Não tenho a ilusão de que estes manifestos vão chegar ao impeachment", disse Thiago Augusto. 
CHUVA FORTE ATRAPALHA MANIFESTO ANTI-DILMA EM TERESINA
De acordo com informações repassadas pela equipe da Polícia Militar que realiza a segurança do evento, cerca de 300 pessoas passaram pela avenida Marechal Castelo Branco, na tarde deste domingo. Nem mesmo a banda de forró, contratada para dar um novo formato ao evento, conseguiu atrair um público maior. 
O primeiro ato realizado em Teresina contou com pouco mais de 4 mil manifestantes, segundo a PM. Logo no início da noite, a maioria dos presentes deixaramm o local por conta da chuva que voltou a cair na zona Norte da capital.
Chuva forte afastou os manifestantes durante o protesto na Marechal Castelo Branco (Foto: Beto Marques/OOlho)

COMÉRCIO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E CAMISETAS 
Os organizadores do movimento "Vem Pra Rua" venderam diversas camisas ao valor de R$ 10. As camisas estampam o rosto da presidenta Dilma Rousseff (PT). No local, diversos barraqueiros se instalaram, mas as vendas não saíram como esperado.
Foto: João Alberto / O Olho 
"Na manifestação passada vendi mais de 100 cervejas, nesta apenas sete", lamentou o barraqueiro Pedro Junior. Ele é a favor da manifestação,  realizada de forma pacífica, mas acredita que a presidente Dilma não deve ser retirada do cargo. "Votei nela e acho que primeiro têm que ser retirados os corruptos e se der jeito tira ela", disse o vendedor de bebidas que também recebe benefícios do governo federal, como o Bolsa Família. 
Durante o ato era comum a presença de pessoas ingerindo bebidas alcoólicas. Márcio Sousa não vê impecilho nesta questão. "É final de semana e não vejo problema com isso.  Estou protestando contra a presidente, bebendo socialmente e não tem relação entre uma coisa e outra", explicou.
A organizadora geral do evento voltou a cobrar a presença do governador do Estado, Wellington Dias (PT), mesmo não admitindo a fala de qualquer representante político no palco do manifesto. "Cadê o senhor que tanto nos criticou, governador? Estamos aqui novamente pra pedir a retirada de sua presidente Dilma do poder", disse Adriana Sousa em tom expressivo. 
Durante a manifestação não foi vista a presença de representantes políticos no evento. No ato realizado no dia 15 de março, os deputados Robert Rios (PDT) e Rúben Martins (PSB), e o ex-governador Zé Filho (PMDB) estiveram presentes, mas não fizeram falas ao público. 

Adriana Sousa reconhece que a chuva atrapalhou a manifestação, mas parabenizou cada um dos presentes e disse que são pessoas conscientes que estão lutando por uma melhor qualidade de vida. "Sabemos que o Piauí é um celeiro do PT, mas queremos mudar essa realidade".
Foto: João Alberto / O Olho 
O manifestante Agnaldo da Silva, natural de Elesbão Veloso, foi o primeiro a chegar. Na Marechal desde às 13h, ele disse que na primeira edição do manifesto, esteve presente nos atos em São Paulo, mas desta vez, preferiu vir para Teresina. "Vim manifestar minha insatisfação contra tudo de errado que tem nesse governo. Contra os 39 ministério. O governo tem que cortar na própria carne dele e não nada do povo brasileiro", reclama.
Segundo a pesquisa Datafolha publicada neste sábado, a rejeição a Dilma parou de cair, mas ainda está alta. O levantamento mostrou que 13% dos entrevistados acreditam que Dilma faz um governo bom ou ótimo, mesmo percentual da pequisa anterior, enquanto 60% consideram o governo ruim ou péssimo, 2 pontos abaixo da pesquisa anterior. Ao mesmo tempo, a pesquisa mostrou que 63% dos brasileiros apoiam a abertura de um processo de impeachment contra a presidente.
Médica Júlia Lima participa pela primeira vez dos atos em Teresina (Foto: Beto Marques/OOlho)
Já a médica Júlia Lima, diz na primeira edição dos manifestos, não se sentiu à vontade para participar, mas que desta vez, se tornou insuportável a maneira como o Governo tem se comportado. Sobre a presença da banda de forró, ela destaca que é importante a realização de um manifesto com espontaniedade e animação. "A banda é bom porque anima mais", ressalta.
A primeira edição do manifesto em Teresina, reuniu cerca de 4 mil protestantes, segundo dados da Polícia Militar. Na ocaião, o ex governador Zé filho (PMDB)  esteve presente e disse que fez parte do manifesto porque acredita no poder popular. Segundo ele, o Piauí não pode mais viver com "pires na mão" aguardando as migalhas do governo federal. Ele diz ainda que o escândalo na Petrobras é só a ponta de um esquema bem maior que poderá ser levado ao público envolvendo o BNDES.


fonte portal o olho